24 coisas para fazer na Lx Factory

A clínica de terapias não convencionais da Lx Factory deixou de ter apenas uma cafetaria complementar ao projecto no início de 2019 – foi feito um upgrade e tornou-se o primeiro restaurante terapêutico em Portugal, com um menu adaptado à necessidade de cada pessoa. 

E seguir à risca o nome da livraria, uma lufada de ar fresco quando abriu portas na Lx Factory (que mantém a sua identidade). Os volumes pedem tempo nesta casa espaçosa, cheia de livros, com dois andares e um café, já para não falar dos vestígios da antiga gráfica que aqui funcionou. E não se esqueça de subir até ao último piso, que por lá está a galeria Manchas de Tinta, que recebe várias exposições temporárias.

O bolo da Landeau dispensa apresentações e já está em várias partes da cidade. Sofia Landeau, fundadora da marca, tem aumentado o índice de felicidade dos lisboetas em três camadas: bolo, mousse e chocolate em pó. O bolo de chocolate que a Time Out chegou a eleger como o melhor da cidade e que chegou às páginas do The New York Times é razão mais que suficiente para uma romaria à Lx Factory e a um lanche calórico, mas sem remorsos. Vale a pena, acredite. 

A Benamôr tem na Lx Factory uma loja especial, com um novo serviço de refill. Há grandes garrafões de vidro com torneiras: estão cheios ora de gel de banho, ora de loção corporal de gamas como Alantoíne, Gordíssimo, Jacarandá e Rose Amélie. Os recarregamentos são feitos em frascos de alumínio de 500ml, basta escolher o produto e gama que deseja – quando voltar lá para encher novamente leve o frasco antigo que é depois trocado por um novo higienizado. 

Se existem embaixadoras ecológicas na cidade, elas são as manas Cátia e Rita Curica, fundadoras do império Organii. Começaram com cosmética numa loja no Chiado, mas saltaram rapidamente para a roupa e decoração, sempre com olho num estilo de vida sustentável. Neste momento há cinco lojas Organii, quatro delas em Lisboa e uma na Lx Factory. 

Um quiosque de revistas dentro de um pequeno contentor. Correcção: um quiosque feito do melhor que é publicado em papel por esse mundo fora, para gáudio de todos os saudosistas ou neo-arqueístas unidos do mundo. Agarre já a sua Kinfolk.

Já são anos e anos a virar frangos na LX Factory. E por frangos entendam-se bitoques do acém, postas de bacalhau, polvos à lagareiro e outros tantos pratos de base portuguesa que se servem nesta cantina inspirada no antigo ambiente fabril que aqui existia. É um dos restaurantes pioneiros do espaço – palmas para ele.

As irmãs Rolim abriram a Mercearia Saloia na Lx Factory, sem a parte de café mas com as prateleiras bem recheadas de produtos “tradicionais e contemporâneos”: doces e licores Donanna, bolachas Paupério, chás do Cantinho das Aromáticas, enchidos de Alpalhão e legumes de produtores locais. Têm também o Cabaz à Saloia (15€), que reúne uma selecção variada de frutas, vegetais e legumes, que muda de semana para semana. As encomendas são feitas até terça e as entregas acontecem sempre às quintas-feiras.

Aqui o que não é muito grande é o espaço, porque amor há para dar e vender. Amor por brinquedos didáticos, jogos divertidos, livros coloridos e muitos objectos para animar o quarto, a mochila e o coração dos miúdos. 

A Wish é uma paragem obrigatória para todos os apaixonados por estacionário, aquelas pessoas que se comovem só de ver algumas letras fixadas num velho e fiel papel. Depois, há que agradecer o contributo dos nórdicos, legítimos mestres em matéria de bom gosto. E como o estilo é como as cerejas, pode espreitar a decoração e as peças de roupa. E não passe à frente a porta ao lado, onde servem um belo brunch. Sim, porque a Wish não é só decoração. 

É um dos meninos bonitos da LX Factory, com uma decoração escolhida a dedo, onde muito do que se cozinha é feito com produtos que chegam directamente de um mercado improvisado no restaurante. Tanto lá pode ir para o picanço, como para se atirar a pratos de inspiração italiana ou a receitas tradicionais portuguesas.

As câmaras analógicas não passaram de moda, pelo contrário, parece que voltaram a ser aquele objecto de culto que dá um certo estatuto cool a quem anda com uma em punho. Mas cuidado com os sítios onde as compra, nem todos são de confiança nem apresentam máquinas em bom estado. A Vintage Dream Cameras assegura que o que leva para casa é produto do bom para tirar aquele retrato sem precisar daquele filtro que grita "analógico". Abriu loja na Lx Factory e o stock muda todas as semanas consoante o que se vai vendendo e o vão conseguindo angariar.   

Uma coisa é vender mobiliário e acessórios, outra, bem mais sofisticada, é conceber todo um ambiente. Em dois tempos se percebe que a Pura Cal pertence à segunda categoria, ocupando os lugares cimeiros do ranking de melhores lojas de decoração da cidade, dos tapetes às velas.

A Brigadeirando reabriu e o antigo espaço deixou de ser uma pequena loja-cozinha e ficou mais amplo, com uma cozinha aberta, uma esplanada e ainda uma mercearia. Escusado será dizer que o aroma a chocolate paira no ar, com os clássicos brigadeiros, mas também uma zona onde é possível comprar chocolates, latas de cookies e café de especialidade, criado especialmente para a Brigadeirando com a marca Torra.

Não é por acaso que a palavra crooks vem antes da palavra surfers. É que este grupo de amigos preocupa-se mais em travar amizade enquanto procura ondas na costa portuguesa do que em seguir os padrões da indústria da especialidade. Mas a verdade é que é obrigatório conhecer as pranchas e merchandising deste reduto.

Esta churrasqueira resolve o problema daqueles que só gostam de pernas, só de asas ou só de peitos de frango. Os frangos são assados numas imponentes grelhas de carvão no centro da sala, há molhos de barbecue, picante ou sweet chilli e são servidos inteiros, em metades ou em doses da parte preferida da ave.  

O filho dos restaurantes mexicanos Las Ficheras e Mez Cais nasceu na Lx Factory: é um Mez Cais 2.0, com novos pratos e um ringue de lucha libre no meio da sala. António Durão, Luís Roquette e Manuel Bonneville, amigos de longa data, pegaram no conceito de taqueria mexicana do Mez Cais, que havia no Largo de São Paulo no Cais do Sodré, e levaram-no para a Lx Factory, noutra ponta da cidade. 

Dedica-se à dança de varão desde 2007 e não é exclusiva para o sexo masculino, que os homens tamb´m podem praticar pole dance. Fundada por Andreia Pinheiro, tem várias aulas, como Flex, Abs and Core ou Exotic Pole. 

Dá para uma prova de vinhos no wine bar, para uma pausa degustativa, ou simplesmente para fotografar a decoração e partilhar nas redes. Antes de tudo isto, reúna os amigos para uma refeição e reserve lugar na 1300 Taberna, com a sua ementa contemporânea.

Mais do que piscar o olho à ecologia, a re_mind é uma montra de design inteligente. Aqui encontra peças e marcas que não vêem mais lado nenhum, o que só por si justifica esta romaria à Lx Factory. Lancheiras orgânicas? Velas com formatos incríveis? Check.

Bairro cool que se preze tem um estúdio de tatuagens, e o microbairro Fábrica Lx não foge à regra. A Queen of Hearts, bem conhecida de outras latitudes da cidade, foi pintalgar os corpos dos alcantarenses com tatuagens realistas ou old school.

O novo negócio de Carolina Henke – que, de brigadeiro em brigadeiro, continua a tomar de assalto a LX Factory – teve uma primeira (ainda que muito curta) vida na Casa Pau-Brasil, onde funcionava como complemento à Livraria da Travessa. Agora, num espaço só seu que dantes pertencia ao Café na Fábrica (também de Carolina), com direito a uma esplanada abençoada pela luz de Lisboa, o Borogodó promete fazer, mais do que jus ao nome, verdadeiro furor. A começar pela ementa, que cruza comida tradicional portuguesa com iguarias do outro lado do Atlântico. Do polvo no forno à tapioca com carne seca, não faltam opções para provar e repetir.

O ambiente é rústico e tipicamente americano, desde a decoração do espaço ao menu do restaurante. O mérito é de Colton Egbert, que resolveu trazer para Portugal “o desporto do momento” nos Estados Unidos. Mas no USAxe Club, na Lx Factory, não se lançam apenas machados. Além do tradicional arremesso ao alvo, também é possível jogar ao jogo do galo, matar zombies e até dizimar vários exemplares do coronavírus – sempre com recurso à mesma ferramenta de corte, claro.

Retratos de povos sul-americanos e asiáticos decoram as paredes do interior do Matchamama. Sobressaem entre o verde do jardim suspenso no tecto e candeeiros de palha que nos dão a sensação de que não estamos em Lisboa. Lá fora, uma esplanada com aquecedores, bonita, descontraída e também privada, com árvores a rodearem a área. João Carreira, Bernardo Silva Carvalho e Viviane Rocha Leote são responsáveis pelo restaurante, e por este andar já tratam a restauração por tu. João e Bernardo estão à frente de espaços como A Praça ou o Central da Avenida, também na Lx Factory; e Viviane está ligada à Confraria e ao Nikkei. Desde Setembro que, aqui, servem pratos de várias regiões da Ásia, ao mesmo tempo que dão um salto ao Peru.