Pestana Palace
©Matilde Cunha Vaz
©Matilde Cunha Vaz

31 hotéis românticos em Lisboa

De ir e suspirar por mais, conheça estes hotéis românticos em Lisboa para escapadinhas a dois

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É adepto da arte de alegrar constantemente a vida à sua cara-metade ou apenas um aficcionado pela cultura do final de oitocentos? Refastele-se num destes hotéis românticos em Lisboa, ideais para escapadinhas a dois. Com pequeno-almoço na cama ou vistas de cortar a respiração, estas propostas em Lisboa não desiludem. No centro da cidade ou em locais mais sossegados, com piscina infinita ou amor infinito, fizémos uma lista para que possa viver a cidade – e as borboletas do estômago – intensamente. Se por acaso estiver solteiro, tire partido das camas king size só para si: também merece. 

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Hotéis românticos em Lisboa

  • Hotéis
  • Pensão com pequeno-almoço
  • Chiado

As más línguas dizem que é fácil adormecer em museus e que as galerias de arte contemporânea dão sono. No Largo Camões, o hotel Le Consulat vai mais longe e dá-lhe sofás e camas onde se pode estirar confortavelmente enquanto olha para obras de arte. É um hotel de 16 suítes e pensar-se que é um hotel pequeno é uma reacção legítima. Mas olhemos melhor para a sua configuração: a suíte mais pequena tem 36 metros quadrados e a maior, a Suite Ambassadeur, tem 145 e dois quartos com camas king size, uma cozinha e uma sala de estar. Sem extravagâncias: fique-se pela Suite Consulaire, que tem só uma kitchenette e duas casas de banho igualmente espaçosas e a cheirar a budas felizes, já que as amenities são todas da gama happy buddha, da rituals. Se não resultar a aromoterapia deste cheirinho a laranja para aumentar as hormonas da felicidade, vá até ao bar ouvir jazz-smooth-fm e partilhar uma garrafa de vinho com a cara-metade.

  • Hotéis
  • Bairro Alto

Em pleno Bairro Alto, o luxuoso mas descontraído The Lumiares é um oásis de tranquilidade. Os quartos  divididos entre estúdios, T1, T2 e penthouses com vista  são espaçosos e contam com uma cozinha completamente equipada, onde não falta máquina de café Nespresso, torradeira e fervedor de água SMEG, serviço de pratos e máquina de lavar a loiça. No rooftop, com vista para o rio e o castelo servem-se pequenos-almoços de manhã e cocktails ao fim-do dia. É também no último piso que mora o restaurante Lumi, do chef João Silva. Passe ainda pelo spa: não é exclusivo para hóspedes e tem tratamentos de aromaterapia de ir aos céus.

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  • Hotéis
  • Chiado

Um prédio abandonado na Rua do Ouro? Dava um belo hotel. Foi mesmo isso que aconteceu no número 265 desta artéria lisboeta. O The Lift, inspirado no Elevador de Santa Justa, fica a metros da porta de entrada. O lounge das traseiras deixa muitos dos hóspedes de olhos arregalados e a mesma reacção provoca a vista de alguns dos 27 quartos. Os superiores e os deluxe com varanda (no quinto e último andar do prédio) têm algumas das melhores panorâmicas sobre o centro da cidade mas há ainda doubles com varanda, twins e duplos. Com a agitação da histórica Rua Áurea do lado de fora, este será o seu retiro romântico num edifício Pombalino da Lisboa renovada de setecentos.

  • Hotéis
  • Bairro Alto

Tudo começou quando José Oliveira andava à procura de casa e se deparou com uma antiga tipografia na Rua das Gáveas, no Bairro Alto. O útil, que é como quem diz os seis armazéns atolados com a sua colecção privada, juntou-se ao agradável: a possibilidade de adquirir um edifício descaracterizado e a precisar de vida. E assim nasceu o Raw Culture Bairro Alto, um aparthotel que vive pela arte que o recheia, dos quadros ao mobiliário, tudo parte do acervo de José, que decidiu praticar o desapego e pôr ao usufruto público algo tão pessoal como a sua colecção. Cada quarto é personalizado com peças da colecção do empresário, desde quadros de artistas como Wasted Rita ou Pedrita, ao mobiliário de autor.

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  • Hotéis
  • Chiado/Cais do Sodré
Verride Palácio Santa Catarina
Verride Palácio Santa Catarina

Dormir num palácio é sempre uma experiência romântica, mas se esse palácio tem uma vista privilegiada sobre Lisboa, o romantismo sobe logo de nível. E ainda nem lhe falámos dos azulejos azuis da fotogénica casa de banho da suíte Queen. No total são 14 suítes e quatro quartos que garantem uma experiência exclusiva e luxuosa. Em comum têm os janelões por onde entra a badalada luz de Lisboa, espelhos enormes, camas com espaço para uma família inteira (com lençóis com 600 fios de algodão egípcio e almofadas para todos os gostos – há todo um menu). Já para não falar das casas de banho em mármore que acolhem toalhões compridos, confortáveis e fofos.

  • Hotéis
  • Cais do Sodré

Os toldos vermelhos, a lembrar as praças parisienses, não passam despercebidos no movimentado Cais do Sodré. No Corpo Santo Hotel, escondem-se quartos de fazer esquecer a cidade. São cinco pisos despidos de excessos e vestidos de contrastes entre os tons claros de paredes e têxteis e as madeiras escuras e maciças. As casas de banho de todos os quartos estão equipadas com sistema de cromoterapia, uma especialidade terapêutica que usa as propriedades das cores para alcançar o equilíbrio entre corpo e mente. Melhor: cada luz tem uma melodia diferente associada. Fica dado o mote para a noite – mais romântico é difícil. 

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  • Hotéis
  • Hotéis de charme
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real
  • preço 3 de 4

Ao passar o beco estreito e escuro, é possível que se pergunte se está no sítio certo. Mas siga sem medos, vai valer a pena: o Memmo Príncipe Real, o primeiro boutique hotel de cinco estrelas no bairro, foi eleito em 2017 pela revista Monocle como um dos melhores hotéis urbanos do mundo e fica (bem) escondido, mas tem uma vista incrível sobre a cidade de Lisboa. É, aliás, difícil (senão impossível) competir com a vista do terraço do bar e restaurante deste Memmo, com uma piscina virada para o castelo de São Jorge – igualmente avistável da maioria das varandas dos quartos. As outras suítes compensam a falta de panorâmica com áreas exteriores generosas e lareira ao ar livre, perfeita para ficar a ver o céu estrelado num miradouro privado nos dias frios de Inverno.

  • Hotéis
  • Santa Maria Maior
  • preço 3 de 4

Os quartos e suítes são espaçosos e confortáveis, e embora não sejam declaradamente românticos – também há quartos familiares –, têm um ambiente muito favorável aos assuntos do coração: duche relaxante de mármore para dois, “aquela” luz do Tejo e camas extraordinárias que nos obrigaram a rever a definição de cama ao ponto de concluirmos que a da nossa casa afinal não é a melhor do mundo. Ao pequeno-almoço tem duas opções: ou se junta ao buffet no pátio interior, ignora o facto de ainda ser de manhã e acede à flute de champanhe incluída no menu, ou fica na cama, em sossego, à espera da bandeja. Para apontar alguma falha à Pousada, teríamos de chamar o Marquês à pedra por não se ter lembrado de fazer um jardim nas traseiras. Para quem vem a Lisboa à procura de sol, há um pequeno terraço com espreguiçadeiras no terraço, com acesso à piscina interior, ao ginásio e ao spa. O que falta de espaços ao ar livre, a Pousada compensa com o melhor que tem: Lisboa a toda a volta.

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  • Hotéis
  • Alcântara
  • preço 4 de 4

Imagine-se um hotel que foi residência principal de um membro da nobreza do século XIX, o Marquês de Valle Flôr, homem viajado e de gostos refinados. Dos 193 quartos e quatro suítes, a Suíte D. Carlos é a maior do Pestana Palace, em homenagem ao penúltimo monarca português, e tem exatamente aquilo que se espera de um aposento real: luxuosa, elegante, espaçosa e confortável, com um terraço de 33 metros quadrados com vista para o Tejo e para a piscina e jardins tropicais do hotel, duas salas de estar, sala de jantar, casa de banho com banheira de pés e cama king size, como tinha de ser. Para relaxar a sério com a cara metade, o Magic Spa é o destino óbvio. Vencedor do prémio World Luxury Spa, é o pretexto certo para um daqueles dias em que não apetece despir o roupão. 

  • Hotéis
  • Santa Maria Maior
  • preço 3 de 4

No sítio onde acaba a Avenida da Liberdade e começa o Rossio, o Altis continua a ser um dos mais valiosos exemplos da passagem da corrente modernista por Lisboa e é, por dentro e por fora, um digníssimo representante do glamour da década de 40. Os 70 quartos e suítes distribuídos por seis pisos têm uma onda simultaneamente kitsch e futurista com referências de Arte Déco. Os 16 quartos Deluxe têm varanda e partilham com os restantes as casas de banho em mármore e a roupa de cama em algodão egípcio – o quarto 206, fica a sugestão, é o único com varanda na casa de banho. Mas para sentir mesmo a sério a personalidade retro-chic do Altis, as suítes (apenas duas) são a escolha certa, não só pela dimensão, com salas de estar e casa de banho com duche e banheira, mas sobretudo pela vista sobre Lisboa.

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  • Hotéis
  • Lisboa
  • preço 3 de 4

Podemos queixar-nos até à exaustão do facto de não haver metro até à Estrela, mas a verdade é que custa muito pouco subir a Av. Álvares Cabral para encontrar um dos jardins mais bonitos da cidade. A caminho, numa paralela dessa avenida, encontra o Hotel da Estrela, instalado no antigo palácio dos Condes de Paraty, um pequeno hotel de luxo com jardins e espaços exteriores que poucos hotéis de cidade têm a sorte de ter. Com apenas 19 quartos e suítes, não fazia sentido o Hotel da Estrela perpetuar a ideia de que luxo é sinónimo de formalidade. Por aqui, o serviço é atencioso sem ser invasivo e as raras falhas no atendimento são compensadas com a simpatia e disponibilidade do pessoal – na grande maioria gente nova, acabada de sair da Escola de Hotelaria. Em resumo, este é um hotel especial, personalizado, confortável e intimista. Quando estiver bom tempo ainda mais: a temporada dos piqueniques promete iguarias que saem da cozinha directamente para o cesto.

  • Hotéis
  • Lisboa
  • preço 3 de 4

Não há luxo maior do que estar no centro de uma cidade e conseguir alhear-se da azáfama urbana e sentir a tranquilidade que só o campo pode oferecer. No Torel Palace, um hotel de charme instalado em dois antigos palácios, encontra o melhor dos dois mundos: o ritmo acelerado que se espera de uma capital e a paz e sossego só conseguidos em ambiente rural. Lisboa não é o campo, é certo, mas ainda conserva alguns recantos onde impera o silêncio. A decoração rococó com dourados e floridos – se Maria Antonieta tivesse escolhido Lisboa como destino de férias, era quase certo que ficava aqui alojada –, é só um dos elementos diferenciadores deste hotel que, sem espinhas, é o justíssimo vencedor do campeonato das panorâmicas mais instagramáveis da cidade: é o único a estender-se colina abaixo e a oferecer, a partir do jardim e da piscina, uma vista imbatível que encontra logo à frente no Miradouro de São Pedro de Alcântara, com o Tejo e a Baixa Pombalina à esquerda. Os fins de tarde de copo na mão estão sempre assegurados, já que é por altura do pôr-do-sol que a varanda sobre Lisboa se transfigura para dar lugar a um dos bares ao ar livre mais exclusivos de Lisboa.

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  • Hotéis
  • Avenida da Liberdade
  • preço 4 de 4

Conhecer e sentir a Lisboa típica não significa necessariamente ter de se alojar numa rua estreita e escorregadia do centro histórico – há alternativas mais convenientes e igualmente sedutoras que permitem privar com a dinâmica alfacinha sem ter de se enfiar no meio da azáfama turística. O Valverde Hotel, na Av. da Liberdade é, nesse caso, a escolha certa. Atrás da fachada do século XIX esconde-se um boutique hotel que se distingue dos demais pela veia artística e serviço irrepreensível. Mas vamos por partes. Logo à entrada percebe-se que o restauro do edifício foi um assunto levado muito a sério. No piso térreo, o romântico restaurante Sítio Valverde, ao estilo brasserie, aposta numa ementa curta mas muito eficaz, dedicada à cozinha e aos vinhos regionais. Ao pequeno-almoço, entre outros exemplares da doçaria tradicional, há pastéis de nata à discrição.

  • Hotéis
  • Belém
  • preço 3 de 4

Moderno por fora e por dentro, tem como imagem de marca o Tejo, uma escolha óbvia que se justifica pelo facto de estar situado na linha da frente ribeirinha. As suítes têm varanda, mas só a suíte presidencial se dá ao luxo de incluir uma banheira de hidromassagem – para relaxar sem sair do quarto enquanto aprecia o Tejo lá em baixo e, depois, rebolar diretamente para a cama, de onde garantimos que não vai querer sair. Mas se optar por uma modalidade mais modesta, o B Spa by Karin Herzog, com piscina interior, hammam, banho turco e circuito de hidroterapia, não deixa que lhe falte nada em domínio de descontracção. Para aproveitar a dois.

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  • Hotéis
  • Estrela/Lapa/Santos
  • preço 4 de 4

Escondido entre as mansões de famílias com quatro sobrenomes e pelo menos dois hífens, este palacete do século XIX convertido em hotel de cinco estrelas é o mais próximo que imaginamos de um palácio real dos tempos modernos e em 2019 foi considerado o “Melhor Hotel Urbano” pela Condé Nast, publicação considerada referência mundial na avaliação de hotéis. É fácil perceber porquê. O estilo clássico e imperial deixa-nos de boca aberta durante toda a estadia. De quarto em quarto, as cores da decoração e a paisagem variam (uns têm vista para o Tejo, outros para o jardim exótico), mas é nas suítes palacianas que encontramos camas de dossel maiores do que sabíamos existir, daquelas em que dá para dormir a dois, na diagonal ou com os braços e as pernas esticadas sem sequer chegar perto da outra pessoa.

  • Hotéis
  • Avenida da Liberdade
  • preço 3 de 4

Uns dias antes de abrir, já o néon na fachada de azulejo antracite era testado num pisca-pisca intermitente, a anunciar um novo boutique hotel na Avenida. Ninguém sabia como ia ser, mas suspeitava-se já de alguma originalidade e irreverência. É o amigo punk no meio de um grupo de betos, com uma confiança invejável que ignorou sempre a formalidade dos vizinhos. No fundo, é um hotel que não se leva demasiado a sério, mas que também nunca perde a compostura. Pensado por jovens para jovens, no Fontecruz as áreas de lazer partilham um espaço aberto com o lobby. Talvez por isso nos sintamos tentados no check-in a fazer um desvio para o bar mesmo antes de subir. Já nos 72 quartos é preciso escolher a vista que se quer, de acordo com o sossego que se procura. Mas nas traseiras, o pátio interior, que também serve de esplanada ao bar e restaurante, oferece um bem muito mais valioso (e raro no centro da cidade): silêncio.

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  • Hotéis
  • Santos
  • preço 3 de 4

Foi a Graça Viterbo, uma das decoradoras mais requisitadas do país, que calhou a tarefa de transformar o palacete onde viveu Eça de Queirós num hotel de charme. Missão cumprida com distinção e cujo resultado está à vista no simpático As Janelas Verdes, uma casa com 29 quartos que percorre, em cada canto, a herança artística e literária deixada pelo autor. O ambiente é caseiro, ideal para parzinhos apaixonados à procura da Lisboa clássica dos romances. O interior procura ser igual ao que era quando Eça se sentou ali, na velha secretária de madeira virada para o Tejo, a escrever Os Maias, com os mesmos cadeirões, as mesmas esculturas, as mesmas pinturas a óleo, as cortinas pesadas e a lindíssima escadaria em pedra e ferro que leva à biblioteca com terraço no último piso.

  • Hotéis
  • Castelo de São Jorge
  • preço 4 de 4

Não é uma casa de amigos, mas sentimo-nos recebidos como se fossemos da família. Há quem diga que é o boutique hotel mais bonito do mundo e nós não desmentimos. Com apenas dez suítes com sala de estar e jantar, quarto e casa de banho, o ambiente intimista é uma das regras de ouro que o staff faz questão de preservar com um atendimento prestável e muito (muito) silencioso. Os casais em escapadinha romântica agradecem e os famosos que por aqui passam, mortinhos para fugir à confusão, também. Para uma experiência completa, a suíte Bartolomeu de Gusmão é a cereja no topo do bolo, com três pisos e uma escada de caracol que em tempos dava acesso a um minarete, agora transformado num terraço privado debruçado sobre os telhados típicos e vista para o Tejo.
 

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  • Hotéis
  • Alfama
  • preço 3 de 4

Guia turístico que se preze recomenda Alfama a quem procura instalar-se no coração de Lisboa. Este hotel, que não é de luxo nem quer ser, tem 42 quartos com diversas tipologias: alguns têm terraço com vista, outros compensam em espaço a falta de panorâmica, e os mais sossegados dão para o pátio interior. Do edifício do século XIX restam algumas referências, como as paredes em pedra e tijolo picado, o pátio interior e o pé direito alto, que ganharam nova vida com uma decoração de design escandinavo. O ex-líbris é o terraço debruçado sobre Alfama e o Tejo, onde se encontra a piscina panorâmica, óptima para ficar ao fresco a contar os cruzeiros que chegam à cidade ou, claro, a namorar tarde fora.

  • Hotéis
  • São Sebastião
  • preço 4 de 4

Os anos de ouro da alta sociedade portuguesa estavam prestes a arrancar, mas Lisboa, na década de 50 do século XX, deixava muito a desejar no campeonato do luxo. Até que nasceu o Ritz, em 1959, com uma festa de inauguração badalada, com cerca de dois mil convidados, e o requinte dos hotéis franceses na decoração exuberante e no serviço exemplar. O luxo mantém-se e este cinco estrelas ainda é um dos mais concorridos da capital. Dos 282 quartos e suítes, quase todos têm terraços privados com vista panorâmica para Lisboa e todos, sem excepção, têm as famosas camas Four Seasons, que nunca desiludem na hora de proporcionar aquele sono reparador (em conchinha).

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  • Hotéis
  • Santos
  • preço 3 de 4

Para quem fez o ensino obrigatório em Portugal, ouvir a palavra Ramalhete é pensar imediatamente em Eça de Queiroz e n’Os Maias. Desta vez, curiosamente, não há relação entre uma coisa e outra e o nome do hotel é rapidamente explicado pelos azulejos com girassóis que acompanham a escadaria de pedra do edifício. Situado na Rua das Janelas Verdes, perto do Museu Nacional de Arte Antiga, é muito mais do que um hotel com uma fachada bonita. Entre os nove quartos e as sete suítes, não há dois iguais. Alguns têm vista para o Tejo, outros estão virados para o pátio interior, mas todos se mantêm fiéis à arquitectura original, com chão em tábua corrida, grandes janelas e tectos trabalhados. O momento “uau!” acontece quando se abre a porta da suíte que era a antiga cozinha da casa, com uma lareira enorme e espaço até dizer chega. Mas depois, quando conhecemos a suíte da capela, com as paredes em azulejo e a cama king size, o nosso coração divide-se e ficamos em empate técnico.

  • Hotéis
  • Baixa Pombalina
  • preço 3 de 4

Este é um daqueles casos em que não se sabe o que veio primeiro: o ovo ou a galinha. Ou, fazendo a ponte para o International Design Hotel, o restaurante ou o hotel. À partida, o hotel, como casa mãe, seria a galinha e só depois viria o ovo que, neste caso, é de pai desconhecido. O Bastardo mostra um bocadinho do que é a veia criativa da casa e assume-se como o filho ilegítimo da cozinha portuguesa. Com um sentido de humor apurado e provocador, tem pouco de pretensioso. O mesmo se pode dizer do hotel, cujo único pecado é ser pequeno demais para tanta informação. Os 55 quartos não têm espaço para grandes maluqueiras, mas valem pela decoração temática inspirada em quatro cenários: Urban, Feeling, Zen e Pop, cada qual com um aroma a condizer. Por todo o lado, excertos retirados de Alice no País das Maravilhas, frases famosas de Andy Warhol e até ditos populares vão servindo de guia a uma viagem pelos meandros do hotel que tem ainda um jardim de Inverno no centro do edifício. Há coisa mais romântica?

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  • Hotéis
  • Cais do Sodré
  • preço 3 de 4

É o poiso ideal para parzinhos entre os 20 e os 30 anos que querem estar no centro da boémia lisboeta – o Cais do Sodré. Jovem e requintado q.b., este boutique hotel com 45 quartos, no eixo entre o Chiado e a renovada Ribeira das Naus (a “praia” à beira-rio da capital), quer ser o amigalhaço da malta nova que vem a Lisboa e consegue-o sem grande esforço com um ambiente simultaneamente artístico e descontraído. Por um lado, não esquece a identidade da cidade que o viu nascer e conta a sua história em cinco pisos temáticos, onde os quartos estão decorados com painéis fotográficos dedicados ao fado, à literatura e à animação do Bairro Alto – alguns com vista de rio e todos com máquina de café Nespresso. Por outro, muito por causa do facto de estar no centro da movida, é um belíssimo representante da Lisboa cool que figura no top dos destinos mais sedutores do mundo. E, se no amor, a sedução é o primeiro passo, este hotel já vai a meio na balada.

  • Hotéis
  • Avenida da Liberdade
  • preço 3 de 4

O Porto Bay Liberdade reúne o melhor dos dois mundos: o luxo que se espera de um cinco estrelas de cidade com a descontração e informalidade de um hotel de férias. A localização, a dois minutos da Avenida da Liberdade, é só mais um ponto a favor. Os 98 quartos são mais utilitários do que propriamente deslumbrantes, mas têm um menu de almofadas, aquele pequenino detalhe que faz toda a diferença e que, no final de contas, pode decidir se as férias foram boas ou não. Compensa a falta de vistas de sonho com uma zona lounge com bar e jacuzzi no terraço do último piso. Piscina a sério, só a interior, ao pé do ginásio e do spa. Depois de um copo no Aviator, o bar onde as cadeiras fazem lembrar um avião antigo, o restaurante Bistro4, com ementa mediterrânica elaborada por um chef Michelin, é uma boa desculpa para um jantar romântico bem demorado.

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  • Hotéis
  • Santa Maria Maior
  • preço 3 de 4

A placa do hotel parece escrita à mão, como quem pega num caderno para começar a contar uma história. Esta é do My Story Rossio, um hotel bem-disposto e simples que nunca precisou de se valer da localização impecável, em pleno Rossio, para ser reconhecido como um dos melhores de Lisboa. Imagine o século XVIII a ser invadido por uma vaga de arte pop e a batalha acabar com um empate: é isso que vai encontrar. O lobby combina arcadas de pedra com um néon de luz, no bar há azulejos antigos com lustres e mobília de design, e pelos quartos (46 no total) há letreiros com Fado, Lisboa e Amor pregados às paredes, dando a entender que o romantismo também faz parte da fórmula. A vista para o Rossio só se consegue em 18 quartos e vale definitivamente a pena lutar por um. Afinal, é raro o privilégio de poder ver a cidade a acontecer tão de perto.

  • Hotéis
  • Parque das Nações
  • preço 4 de 4

Pode não ter a história da cidade antiga, as ruas inclinadas do centro ou a vista para o Castelo, mas tem uma coisa que quase nenhum outro sítio em Lisboa pode oferecer, pelo menos não desta maneira: o Tejo à porta de casa. A vista, imagine-se, quase dói de tão bonita – as cadeiras de baloiço penduradas na janela dos quartos prestam-se a este tipo de reflexões profundas. A decoração não é discreta nem pretende ser, com a aposta em vermelhos, pretos, brancos e espelhados por todo o lado. Os quartos são mais moderados na selecção cromática, mas o The River Lounge Bar mantém-se fiel ao registo. A carta é tradicional portuguesa com um twist e vale a pena percorrê-la com calma na esplanada sobre o Tejo que, nas noites de Verão, é uma pequena maravilha.

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  • Hotéis
  • Chiado
  • preço 3 de 4

O Hotel do Chiado nasceu num edifício pombalino recuperado das cinzas pelo arquitecto premiado Álvaro Siza Vieira, que fez questão de incluir em cada um dos 40 quartos terraços e varandas privadas com vista para a colina do Castelo de São Jorge e para o Tejo. Lisboa pede para ser admirada, e o Hotel do Chiado é o miradouro perfeito para apreciar a panorâmica sem interrupções – mais ainda a partir do terraço do Entretanto Rooftop Bar, de onde se vê tudo até à Serra da Arrábida, na outra margem. As premissas do feng-shui serviram de linha orientadora à organização dos quartos, com mobiliário clássico e tons neutros que ajudam a tornar o ambiente ainda mais romântico e relaxante.

  • Hotéis
  • Hotéis de luxo
  • Belém
  • preço 4 de 4

No palacete onde viveu Gaspar de Paiva, o primeiro governador da Torre Belém, corria o séc. XVI, está agora um dos hotéis mais bonitos da cidade. O Palácio do Governador, em Belém, deve a decoração inspirada no período dos Descobrimentos à designer Nini Andrade Silva, que foi buscar a história do edifício para desenhar a identidade do hotel. A vista directa para o Tejo, a poucos metros distância, é só mais um apontamento de charme. Na verdade, este hotel não é só mais um no panorama de luxo da cidade, sendo provavelmente o único a representar de forma tão genuína as verdadeiras cores da Lisboa típica, urbana e virada para fora. Cá fora, a piscina é de paragem obrigatória, se não para ir a banhos, pelo menos para aproveitar a esplanada do restaurante, ou o terraço elevado do bar, ambos virados para o rio. Apesar de o hotel ser quase magnético, deixando-nos muito pouca vontade para sair, vale a pena ir à descoberta do bairro, de preferência sempre à beira-Tejo. 

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  • Hotéis
  • Chiado
  • preço 3 de 4

Contemporâneo, requintado e informal, com um serviço simpático e ambiente quase familiar, o Lisboa Carmo Hotel recebe como se estivéssemos em casa de amigos. Os 48 quartos, como o resto do hotel, seguem a premissa do mais é menos, com mobiliário clássico e cores neutras que podem ter um apontamento de brilho, como um espelho dourado, uma poltrona colorida, papel de parede de padrão campestre ou cadeirões de pele. Só os do último piso é que têm banheira antiga de pés ao fundo da cama e vista rasgada para o Tejo – e são estes que deve ter debaixo de olho. Caso não seja possível, qualquer uma das varandas oferece um cartão postal simpático do Largo do Carmo. 

  • Hotéis
  • Castelo de São Jorge
  • preço 3 de 4

Do antigo convento que funcionava no edifício resta apenas a estrutura, tudo o resto foi projectado de raiz. O antigo pátio transformou-se num bar lounge todo moderno, com grinaldas de luz e música ambiente a animarem os fins de tarde, e a antiga sala de refeições é agora uma vibrante sala de estar, com uma mezzanine onde são servidos os pequenos-almoços. Orgulhoso da sua apurada veia artística, o Hotel Convento do Salvador faz questão de emprestar os seus espaços e paredes a artistas como Sebastião Salgado, Júlio Pomar, João Cutileiro e Paula Rego. O painel de azulejos no átrio foi encomendado pelo hotel à dupla de artistas Pedrita.

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  • Hotéis
  • Chiado
  • preço 4 de 4

Elegante e discreto, entre dois dos bairros mais emblemáticos de Lisboa, este é um dos edifícios mais charmosos de Lisboa. Depois de fechar portas para obras de requalificação em Novembro de 2017, o “novo” Bairro Alto Hotel reabriu no Verão de 2019 com vários recantos por descobrir. Se lá no alto está o BAHR, o restaurante e bar com dedo de Nuno Mendes e Bruno Rocha, em baixo está uma Pastelaria – virada para a Rua do Alecrim, é o lugar ideal para tomar um chá inglês acompanhado de um doce, por exemplo pão-de-ló ao estilo de Ovar, bem cremoso no interior, para comer à colher, com azeite e flor de sal de limão (4€). Já os quartos continuam a dar vontade de dar o dia por encerrado (sim, só para nos deitarmos nas camas grandes e fofas). A Suíte de Assinatura Alecrim, localizada no último andar da nova ala, permite-lhe desfrutar de uma estonteante vista sobre a cidade e sobre o rio Tejo. Ampla, luxuosa e inundada de luz natural, é tudo o que procura num hotel de 5 estrelas. Se preferir um quarto mais modesto, opte pelo Classic Tejo, onde a luz também encanta.

Mais hotéis e escapadinhas

  • Hotéis

Agora que já se refez da dureza das festas e das despesas descontroladas dos últimos meses, está na hora de agarrar nuns trocos e ir de passeio para aproveitar as vantagens da época baixa. No Porto encontra um clássico da hotelaria e a sul um dos resorts mais exclusivos do Algarve com estadias a metade do preço. Pelo caminho, Alcácer do Sal dá a conhecer um hotel rural novinho.

  • Hotéis
Os melhores hotéis com jacuzzi no quarto em Lisboa
Os melhores hotéis com jacuzzi no quarto em Lisboa

Entre os melhores hotéis de Lisboa, há uns que convidam mais ao romantismo ou ao descanso relaxado se for o caso. Não é fácil encontrar um hotel que tenha jacuzzi no quarto mas a verdade é que se tiver uma banheira aos pés da cama ou no terraço, com água aquecida borbulhante, tudo fica melhor. E a verdade é que disto ainda encontrámos uma mão cheia em Lisboa.

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  • Hotéis

Férias nem sempre são sinónimo de apanhar um avião e estender a toalha num areal qualquer por este mundo fora ou calcorrear uma grande capital europeia de manhã à noite. Encoste-se para trás, coloque o pepino nos olhos, vista um confortável roupão e aprecie a música zen nos melhores hotéis com spa em Lisboa.

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