Azenhas do Mar
Duarte DragoAzenhas do Mar
Duarte Drago

Um roteiro pelos restaurantes em Sintra

Perto da vila, no meio da serra ou à beira da praia, eis um guia pelos restaurantes em Sintra

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Sabemos como é bela, elogiamos os seus encantos, mas contam-se pelas mãos as vezes em que lá vamos – e muito se deve ao boom de turistas, temos de admitir. Ainda assim, se há coisa da qual não abdicamos é de Sintra e dos seus recantos, da vila pitoresca à serra, sem esquecer os parques e jardins, os monumentos, o mar e as suas praias. Entre armadilhas para turistas que podem ir surgindo, ainda há restaurantes em Sintra de onde dificilmente sairá desiludido, de tascas a sítios de petiscos, restaurantes com estrela Michelin e mesas fartas em marisco.

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Um roteiro pelos restaurantes em Sintra

  • Sintra

A idílica localidade em que está inserido deu o nome a este clássico restaurante de peixe e marisco, onde as refeições são feitas numa sala envidraçada em cima da piscina e da praia das Azenhas do Mar. E se não é mesmo isto que apetece tanto num dia de sol radioso como num de chuva e mar bravo? Das amêijoas à Bulhão Pato à salada de polvo, dos percebes à sapateira, até ao peixe da nossa costa ao quilo, que ora pode ser grelhado, ora pode ser ao sal, há muito por onde escolher.

  • Sintra

Se há restaurante que consegue ser laboratório para a criatividade de um chef é o LAB by Sergi Arola, restaurante com uma estrela Michelin no Penha Longa, hotel em Sintra que é ainda casa do estrelado Midori. O nome não engana, mesmo que o chef catalão não esteja sempre por lá. A consistência e continuidade é assegurada tranquilamente pelo chef residente Vladmir Veiga, discreto e focado, não acusando nunca o peso que a ausência de Sergi Arola que dá nome ao restaurante pode acarretar. À mesa há muitas influências espanholas pontuadas com ideias de outras paragens, a começar desde logo pelo arranque no menu que é uma autêntica viagem por Portugal. O Menu Pela Serra Dentro (154€) é uma forma de se aventurar, mas se se quiser alongar experimente o Menu Pela Serra Fora (186€).

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  • Sintra

Dois dedos de conversa com meia dúzia de sintrenses bastam para perceber que o Curral dos Caprinos é um daqueles restaurantes clássicos obrigatórios que continua a servir boa comida portuguesa. Abriu em 1974 com especialidades da Beira Baixa e do Baixo Alentejo, de onde são os proprietários, e a estrela da carta, o cabrito, mantém-se – há na versão assado no forno, estonado à moda de Oleiros (só por encomenda), grelhado na brasa ou na púcara com cogumelos.

  • Sintra

Entre ruelas no centro histórico de Sintra está a Tascantiga, um restaurante de petiscos que, em boa verdade, dá mais ares de tasca moderna do que antiga, embora a decoração faça jus ao nome. Há camarões salteados com alho e coentros, pica-pau, bochechas de porco confitadas com molho de cogumelos ou choco frito com aioli da sua tinta.

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  • Japonês
  • Sintra
  • preço 4 de 4

O restaurante que tem feito escola na gastronomia japonesa e que desde 2018 ostenta uma estrela Michelin tem, desde 2023, um novo chef residente. Pedro Almeida mantém-se como chef consultor, mas está agora em Portland, nos Estados Unidos. Tiago Santos é quem comanda a cozinha de onde saem pratos delicados. São dois os menus de degustação: o Kiri (144€/oito momentos) e o Yama (177€/nove momentos).

  • Sintra

O nome completo desta casa diz tudo: Taverna dos Trovadores onde se bebe do branco e do tinto a qualquer hora do dia ou da noite. Foi abreviado, naturalmente, para Taverna dos Trovadores mas continua a fazer jus ao nome, na bebida e no prato, onde as carnes grelhadas são o forte. E aqui tem como garantida a música ao vivo.  

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  • Sintra

Diana Paixão é da indústria farmacêutica, mas sempre disse que havia de abrir uma petiscaria. Aconteceu há um sete anos, quando abriu o Tira-Tapas na sua terra natal, e onde serve os mais tradicionais petiscos, todos caseirinhos. Tudo para partilhar, sem egoísmos, da morcela assada com ananás e mel aos ovos rotos com espargos salteados, sem esquecer as moelas e o pica-pau. Também há amêijoas à Bulhão Pato e salada de polvo, além do arroz de pato e do bacalhau espiritual, apontados como as especialidades. 

  • Rulotes
  • Sintra

Começou como uma simples rulote, mas agora Gigi, uma francesa a viver em Sintra, já está noutro nível – criou uma estrutura grande, onde a rulote está estacionada, e montou uma casinha de madeira que dá apoio à habitualmente concorrida esplanada. No menu, destacam-se as pizzas, disponíveis em dois tamanhos. Há tostas e bruschettas e ainda três lasanhas.

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  • Sintra

Como o nome indica, foi pelas tábuas que tudo começou e elas continuam a estar bem presentes no menu. Não faltam as típicas de queijos ou enchidos, além das mistas, mas depois para as crianças podem levar pizza ou nuggets. Há menu de brunch e outros petiscos para partilhar.

  • Sintra

Este restaurante especializado em grelhados fica a caminho da praia do Magoito, junto a um moinho à beira da estrada. Tem uma grande variedade de carnes, da vitela barrosã ao porco ibérico – todas nacionais, à excepção da picanha e do veado. Se for com carnívoros assumidos, peça o bife à Moinho, um lombo inteiro de cerca de 1kg para quatro pessoas.

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  • Português
  • Sintra

A receita de cabrito assado no forno desta casa tem décadas de existência e vale todas as romarias até Nafarros. Às quartas, sábados e domingos a Adega do Saraiva serve também um óptimo cozido e o bacalhau à Tia Emília, uma cozinheira de mão cheia.

  • Sintra

Se fica nervoso com filas, seja para o que for, não se meta no Cortador. Se, pelo contrário, é daqueles que vai vendo a luz ao fundo do túnel, vale a pena ir à Terrugem comer um prego nesta casa sempre cheia (tudo clientes fiéis e regulares) e com muito barulho. Para ter a experiência completa, coma ao balcão.  

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  • Português
  • Sintra

Tem uma sala de refeições requintada onde serve foie gras acompanhado de pão tostado com geleia de marmelada ou carpaccio tropical de salmão fumado com lâminas de manga e de morango, bacalhau à Raposa ou lombo de porco ibérico acompanhado de risoto. Entre o almoço e o jantar, é casa de chá com scones dignos de nota.

  • Português
  • Sintra

É preciso subir a estrada que leva ao Penedo, na Serra de Sintra, para chegar a este refúgio castiço de ciclistas. Se se quiser aventurar de bicicleta, é certo que quando se sentar nas mesas compridas de madeira vai ter uma grelhada mista para repôr energias. Há menus a menos de dez euros e a bebida da casa é o vinho com gasosa.

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  • Frutos do mar
  • Sintra
  • preço 3 de 4

Alberto Duarte Mateus era uma figura muito querida na Praia das Maçãs, onde começou por ser nadador-salvador. Em 1959 abriu uma taberna, o Búzio, uma coisa muito sazonal que na década seguinte subiu para o escalão de cervejaria e restaurante, sempre sem grandes publicidades (só o fazem em festas populares da zona). Ao fim de mais de meio século, o Búzio mantém o ritmo e qualidade, assegurada pela família. Tem fama o marisco fresco – os viveiros da casa, construídos há 40 anos, ficam a cinco minutos a pé. As especialidades vêm todas do mar e são todas boas para dividir: das amêijoas aos percebes, lagosta frita ou peixe no sal. 

  • Frutos do mar
  • Sintra

Parte do encanto do restaurante de peixe e marisco da Adraga reside na simplicidade e descontracção do sítio. Ainda é daqueles lugares com toalhas de papel e travessas de alumínio, aqui sinónimo de tradição mas também qualidade. O peixe e o marisco são frescos, alguns apanhados ali perto, onde as águas são frias e agitadas, e grelhados por quem entende da matéria.

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  • Sintra

A localização pode, à primeira vista, desmotivar uma ida propositada ao Santos, o restaurante que marcou a mudança de vida do casal José e Maria João, mas não se deixe intimidar. A Abrunheira, em Sintra, não fica assim tão longe quando à sua espera está um repasto farto e caseiro. Escondido numa zona industrial, no Santos não precisa de se preocupar com nada. Estacionamento há sempre e a comida chega à mesa sem que precise de escolher. O preço é fechado, 20€, e inclui couvert, entradas, prato de carne e prato de peixe, sobremesa e bebida à discrição. No final, há ainda um medronho para o caminho.

  • Sintra

É o bar mais ao fundo da Praia Grande, daí o nome, e está aqui há mais de 20 anos, mas só nos últimos dez é foi além das sandes e saladas e passou a funcionar como restaurante e não apenas como bar da praia. Manuel e José Cotta, irmãos, passaram a abri-lo também durante o Inverno para chocolates quentes ou cozido à portuguesa com vista de mar. Há peixe e marisco fresco, cataplanas para dois e pratos de conforto como o arroz de polvo e o bife do lombo. 

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  • Hambúrgueres
  • Grande Lisboa

Carlos abriu a Hamburgueria do Maçãs há pouco mais de dez anos como uma brincadeira sazonal, mas o feedback foi tão positivo que tornou o restaurante sobre a Praia das Maçãs permanente. A carne dos hambúrgueres é 100% novilho e é servida entre duas fatias de pão brioche. Um dos ex-líbris da casa, sublinha, é o QBC, com queijo cheddar, bacon, cebola caramelizada com cerveja, alface e tomate. 

  • Sintra

Bom marisco servido ao natural mas não só. Neste restaurante há ainda lapas dos Açores com manteiga de ervas aromáticas e camarão frito ao alhinho, mas as estrelas da companhia são o lavagante, a lagosta e o camarão. Nos pratos de peixe há pregado frito com arroz de alho, coentros e açorda de tomate e nos de carne umas costeletas de borrego fritas à portuguesa.  

Lisboa à mesa

Sendo a Time Out afamada pelas suas listas, esta que aponta os melhores restaurantes em Lisboa (e aqui mesmo ao lado) é, provavelmente, a mais discutida – e também a mais procurada. Levamos tempo a chegar ao número final, sabendo sempre que a unanimidade à mesa não existe. Vamos a um teste? Qual é o melhor croissant? E a melhor bifana? E onde é que se come o melhor cozido à portuguesa ou o melhor bacalhau? Nunca haverá uma só resposta. Certo é o esforço feito para demonstrar a diversidade de uma cidade que não pára de crescer. Um esforço que é também fruto de muitas visitas a restaurantes – e nunca é demais lembrar que a Time Out não escreve sobre restaurantes onde não foi, assim como os críticos da Time Out visitam os restaurantes anonimamente e pagam pelas suas refeições. 

Não há como evitar o elefante na sala: está caro sair em Lisboa e comer fora já foi mais barato. São vários os motivos que explicam a subida de preços, mas a verdade é que fica cada vez mais difícil acompanhar. Felizmente, restam uns quantos achados que cumprem os requisitos quando o prato chega à mesa mas também quando chega a hora de pedir a conta. Entre tascas, petiscos e cozinha do mundo, a garantia é que nestes restaurantes baratos em Lisboa, a conta nunca vai sair pesada. São os melhores restaurantes para comer muito e pagar pouco. Em alguns até consegue fazer a festa por menos de dez euros (embora para essa categoria tenhamos outras sugestões).

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