Praia da Samoqueira - Porto Covo
Fotografia: Arlindo CamachoPraia da Samoqueira
Fotografia: Arlindo Camacho

As melhores praias na Costa Alentejana

De Melides à Zambujeira do Mar, não faltam areais mais ou menos secretos para descobrir

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Rica em praias selvagens, rica em natureza no estado mais puro, rica em pores-do-sol fotogénicos e em muitos outros segredos, a Costa Alentejana é um destino de férias onde não nos cansamos de voltar. Nos quilómetros de costa que ligam a Comporta à Zambujeira do Mar, com paragem obrigatória em Melides, Porto Côvo, ou Vila Nova de Milfontes, vai encontrar areais para todos os gostos: dos desertos, secretos e amigos dos praticantes de naturismo, às praias vigiadas, com Bandeira Azul, restaurante e perfeitas para levar a família toda a reboque.

Escolha já em qual destas 25 praias da Costa Alentejana vai mergulhar este Verão.

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As melhores praias na Costa Alentejana

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Monotonia é palavra que não casa com esta praia da Comporta. Além de todas as possibilidades que um areal convencional proporciona, aqui tem dois restaurantes que sim senhor (o Sal à esquerda de quem olha para o mar; o Sublime Comporta Beach Club do lado direito), além de uma biblioteca de praia com livros para todas as idades e jornais do dia para ler numa esplanada improvisada. O parque de estacionamento custa 3,50€ por dia durante a semana, e 4,50€ ao fim-de-semana. A vizinha Praia do Pêgo é em quase tudo semelhante – o mesmo areal, o mesmo mar, o mesmo estilo de praia. Mas quem é que se importa com isso quando está num paraíso destes?

JÁ QUE AQUI ESTÁ: A aldeia do Carvalhal tem um novo inquilino, excêntrico e especial: o JNcQUOI Deli Comporta, que recria uma tasca alentejana com muita irreverência e requinte. Abre às nove da manhã e inclui uma carta de pequenos-almoços. 

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Com uma arriba avermelhada com cinco milhões de anos, é fotogénica, instagramável, linda. O parque de campismo a que está ligada foi comprado pela norte-americana Discovery Land Company – e este Verão já não será possível regressar à tenda ao fim do dia (só aos bungalows). Se for fã de George Clooney, talvez deixe de ser: dizem que é um dos accionistas deste fundo imobiliário.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Para apreciadores de comida mexicana, a Galé Tacaria serve tacos, nachos, guacamole e quesadillas. Mas o “mariachi de ouro” vai para o cachorro quente mexicano com chilli com carne. La puesta del sol aqui é às sextas-feiras com DJ até às nove.

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Praia da Vigia para quem é de lá; praia do cemitério para quem a descobriu há uns anos e sabe que lá chega através da entrada que indica cemitério à saída de Melides; e praia secreta de Melides para a Time Out, que segue este mesmo caminho, sempre (sempre, sempre) em frente, até chocar com uma duna. Nomenclaturas à parte, importa saber que é de facto uma das últimas praias selvagens da costa alentejana, com um mar transparente e areal a perder de vista.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: O número de carrinhas de caixa aberta à porta de um restaurante, nesta zona do Alentejo, é um bom indicativo para entrar. Pois entre na Quinta do Lourenço e escolha entre a carne especial à moda da casa (com amêijoas e camarão) e as cataplanas de peixe ou de marisco.

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Bandeira Azul. Mar calmo ou com ondulação, mas sempre turquesa. O caminho faz parte do encanto da viagem, rodeado de pinheiros e vegetação nativa. No parque de estacionamento encontra um spot com vistas amplas, de Sines à Serra da Arrábida. Mas vale a pena descer até ao areal.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: O restaurante mudou e serve agora pitéus como salada de polvo, prego do lombo e sopa de amêijoas (que também responde pelo nome de clam chowder). Afirma-se uma praia amiga do ambiente, por isso no princípio da estação vende-se uma garrafa de água de metal e ao longo das semanas o reabastecimento é gratuito. Com a hospitalidade alentejana no sangue, a equipa é na sua maioria local. Aos sábados há sunset com DJs.

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Com os passadiços e parques de estacionamento, perdeu aquele encanto de praia selvagem. Por outro lado, na esplanada da Lagoa Ó Mar não se está mal. Para mais privacidade, é andar um ou dois quilómetros para a esquerda ou para a direita (este é o melhor lado para famílias com crianças, graças à lagoa. Vizinha de uma várzea de arrozais, deve ser usada com moderação – e sobretudo civismo.)

JÁ QUE AQUI ESTÁ: É obrigatório comer amêijoas n’O Fadista. É um snack-bar com esplanada na aldeia de Melides, com uma curtíssima ementa de petiscos onde imperam as saladinhas frias, os caracóis e as doses de amêijoas. Sempre carnudas, num molho apurado que só vai para dentro quando o cesto de torradas de pão alentejano barradas com manteiga desaparecer.

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E eis que, depois do Cabo de Sines, qual tormenta, tudo acalma. Até a areia é mais fininha – daquela que se cola aos pés e só sai no fim do Verão. Já se sabe que em São Torpes as águas ficam quentes com a proximidade da central termoeléctrica, que as pequenas ondas são propícias à iniciação do surf e que o areal é extenso e sempre com maiores enchentes do lado norte, junto ao molhe.

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Esclarecimento inicial: a Praia do Morgável, em Sines, não é nada secreta. Tem estacionamento alcatroado e tudo. Mas do lado sul, se atravessar as dunas na maré cheia ou as rochas na maré baixa, chega a uma praia semi-secreta, bem abrigada do vento por uma rocha de tons alaranjados. E o mar tem a mesma calmaria da vizinha São Torpes.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: O sítio certo para um pequeno-almoço à base de torradas de pão alentejano, tostas mistas ou bolos, chama-se Vela D’Ouro e fica em Sines. Prove os vasquinhos, com amêndoa e gila.

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Foi, em tempos idos, quando a maioria das praias do litoral alentejano era selvagem, um segredo bem guardado, também por ter uma grande rocha no meio que abriga do vento. Hoje é denunciada pelos carros parados no início do caminho de terra – não convém aventurar-se mais para a frente, sob risco de atascar –, das várias pessoas que encontraram nesta Praia da Foz um sítio de descanso.

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Quem defende que o mais parecido que temos com as cores de um mar dos trópicos em Portugal são as praias da Arrábida é porque nunca espreitou, mesmo do alto da falésia, a Praia da Samoqueira. A água tem um tom esverdeado, há várias enseadas divididas por formações rochosas e a praia, quando se vai andando para sul, parece não ter fim. Só falta a temperatura dos trópicos na água, mas esta ao menos refresca.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: As passadeiras e estruturas de madeira da zona de Porto Covo, perto do centro, formam novos miradouros, bem bonitos para assistir ao pôr-do-sol, o clichê obrigatório do Verão dos portugueses.

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Era uma praia muito engraçada, não tinha banheiro não tinha nada. Todos podiam entrar ali, porque há escadinhas e não é preciso fazer um rali. Não aplauda estas rimas, mas sim esta pequena praia em forma de concha, bem abrigada do vento e altamente instagramável. Para lá chegar, na estrada M1109, que liga Sines a Porto Covo junto à costa, estacione o carro assim que encontrar a placa indicativa da Praia do Serro da Águia, já perto da povoação.

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A praia da Ilha do Pessegueiro é toda ela cinematográfica. Ainda hoje se usa o canal que serviu de refúgio a romanos e cartagineses, lembram os antigos. Durante a época estival várias empresas organizam visitas à ilha de barco.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Parta, por exemplo, com o mestre Matias à procura da história cantada por Rui Veloso ("Havia um pessegueiro na ilha, plantado por um vizir de Odemira"). São cerca de duas horas de aventuras à volta de estruturas romanas, cisternas e, claro, a afamada ilha. O barco zarpa do porto de pesca de Porto Covo. É recomendável roupa e calçado confortável, chapéu, protector solar e muita água potável. O fato de banho é obrigatório para refrescar as ideias. Reservas: 96 553 5683. 15€ ida e volta

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Fica na Ribeira da Azenha e está longe de ser uma praia selvagem (é ir lá em Agosto e ver que está compostinha), mas o facto de não ter qualquer seta a indicar o caminho faz com que não tenha tanta afluência como as vizinhas Malhão, para sul, e Grande de Porto Covo, para norte. Citando o Beacham, tem “vários picos de direita e esquerda”, o que a torna muito procurada por surfistas.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Para uma escapadinha de fim-de-semana, marque o Três Marias: um sítio tranquilo e cheio de pinta bem perto dos Aivados.

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Depois de um 2015 de acesso quase interdito devido às obras e de um 2016 a cheirar a novo, com um parque de estacionamento supimpa e vários miradouros, o Malhão está agora bonito como sempre, em boa forma, e sem precisar de qualquer recauchutagem. É verdade que os 600 lugares de estacionamento vieram organizar a coisa, mas continua a ser uma praia com muito espaço para, não se encontra melhor verbo, espraiar à vontade. Mas, atenção, desde 2019 que o topo norte foi legalizado para a prática naturista.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Dá para ir à obrigatória Tasca do Celso, em Vila Nova de Milfontes, em dois modos: ou ao petisco puro e duro, ou ao “eu não quero dividir”, seguindo pelo bife à pimenta, as plumas de porco preto ou os peixes grelhados. Atenção também à carta de vinhos.

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Quem faz férias em Vila Nova de Milfontes está habituado a ver um conjunto de praias com aspecto selvagem e vazio ao lado da Praia das Furnas. O que muitos não sabem é que há um caminho para racers – ou melhor, para quem tem um carro que não corre o perigo de ficar atascado. Vai encontrar um conjunto de várias praia selvagens, com um areal gigante na maré vazia, perfeitas para um grande passeio. Chegar não é fácil. Mas há um boa notícia: na maré baixa há acesso pela Praia das Furnas (escusa de ligar já ao reboque).

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É verdade que o Brejo Largo deixou de ser uma praia selvagem e deserta, é verdade que até o Google Maps ensina o caminho para lá chegar, mas há duas coisas que a protegem de possíveis invasões maciças: 1) o perigo de atascar o carro; 2) e o longo caminho a pé que é preciso percorrer até meter os pés em areia firme. Mas acredite que vale a pena. A praia é lindíssima.

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Fica à direita (de quem olha para o mar) da Praia de Almograve e é uma das praias mais difíceis de descobrir desta costa (ou melhor, de aceder), devido ao trilho acentuado que leva à areia. Ainda assim, vale o esforço para dar umas braçadas numa praia abrigada e muito, acredite, muitíssimo sossegada. No parque de estacionamento da Praia de Almograve seguir para a praia à direita (de Nossa Senhora) e apanhar o trilho da Rota Vicentina pelas dunas. Seguir até à segunda praia, que tem uma ribeira no meio. Há uma descida uns metros à frente.

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O nome é, evidentemente, inventado por nós. Já a praia foi inventada pela mãe natureza, que anda a corroer esta escarpa há milhares de anos para deixar à vista uma pequenina baía com aquela pinta das praias desta zona do Alentejo: mar transparente, algumas rochas no fundo do mar e uma encosta a proteger do vento. Como chegar? É a última enseada antes do bonito porto Lapa das Pombas e o acesso faz-se pelo lado esquerdo de quem olha para o mar, num trilho de duna, primeiro, e depois numa curva em cotovelo que entra na zona de rocha. Vá com cuidado, sim?

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Há quem diga que é a mais bonita da Costa Alentejana – e de facto é tão encantadora como vertiginosa. Situada numa enseada a norte do Cabo Sardão, é tudo o que se deseja encontrar depois de se comer o pó de uma estrada de terra batida. Para chegar lá abaixo e depois voltar a trepar escarpa acima aconselha-se que verifique o estado da caixa torácica.

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Por entre os rochedos talhados por um mar crespado, a praia do Tonel é um pouco mais secreta, mas a razão está à vista. Não vigiada, o caminho até ao areal faz-se por uma descida não recomendada a cardíacos. Com algumas cordas presas pelas rochas, o caminho faz-se caminhando, só que com extrema precaução e uma dose de coragem. Tinham-nos prometido uma aterragem catártica e assim foi, com a sensação de superação a confirmar-se a cada nova pegada na areia ‘virgem’.  

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Para chegar à Praia do Tonel, tem de passar na estrada que leva à Herdade do Touril. Porque não fazer check-in?

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É uma grande praia na maré vazia, e uma pequenita amostra na maré cheia. Ainda assim, é das mais selvagens que pode encontrar, porque descer até à areia não é para qualquer um. Vá por nós e deixe toda a tralha em casa. Saindo da Zambujeira do Mar em direcção ao Cabo Sardão (CM1158), deve parar o carro junto aos primeiros bancos de madeira do lado esquerdo, andar em frente e, assim que a praia aparecer à direita, começar a descer.

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Para quem gosta de praias pequenas, não vigiadas, mais abrigadas do vento, a de Nossa Senhora, que partilha o estacionamento com a Praia Grande de Almograve, é uma boa opção. Estude as marés e aproveite-a na maré baixa, quando se formam algumas piscinas nas rochas – sim, sim, os miúdos podem levar um camaroeiro às costas.

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Do lado direito as piscinas naturais são óptimas para aprender a nadar. Do lado esquerdo começa a zona naturista. Durante a maré vazia, a praia da meia laranja parece um anfiteatro natural. Cheio de encantos e recantos, este pedaço de paraíso mantém-se selvagem. A própria geografia rochosa da praia faz dela um para-vento natural. O delicioso cheiro a esteva ajuda a fazer o caminho entre o parque de estacionamento e o areal.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Marque mesa n'A Barca Tranquitanas e decida-se entre as iguarias que continuam a ser servidas intocáveis tal como eram confecionadas pelos antepassados – como a feijoada de búzios inventada pela avó Julieta (e acompanhada pelo picante da mãe), o choco à Barca que está na carta há 18 anos ou o doce azedo, que surpreende pelo toque de vinagre – e o produto local mas com roupagens novas: ceviche de peixe, carpaccio de polvo, pratos vegetarianos e carnes nobres.

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Foi capa da nossa revista mas não nos venha acusar de a termos enchido de gente. Culpe o Google Maps que, graças aos seus “daqui a 200 metros virar à direita” ou “permanecer à esquerda na bifurcação”, leva até lá sem enganos. Depois só tem de decidir se desce pelo trilho que inclui uma corda na parte final (e suja os pés com lama) ou o caminho do lado esquerdo, mais exigente para o físico, mas menos acidentado.

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Antes de descobrirmos o seu nome oficial, já tinha sido amor à primeira vista, uma aproximação feita com cuidado, porque chegar até ela não é pêra doce. Houve até uma desilusão amorosa, quando as águas subiram e foi preciso esperar na rocha que a maré voltasse ao normal. Mas continua a ter um lugar no coração da Time Out.

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Assim nomeada por se encontrar mesmo por baixo da Herdade em que a famosa fadista portuguesa passava férias, a Praia da Amália é um verdadeiro oásis de sossego, escondida e quase deserta, com muito espaço para a toalha. Quando a maré baixa, umas rochas lindíssimas dão ganas de ligar para a equipa de produção d’A Guerra dos Tronos a convidá-los para filmar ali. Abrigada do vento, tem um trilho mágico para lá chegar.

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