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Fotografia: Arlindo Camacho

Os melhores restaurantes latino-americanos em Lisboa

Tacos e margaritas, picanha e ceviche. Embarque nesta viagem pelos restaurantes latino-americanos em Lisboa

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Tacos, moquecas, ceviches, empanadas e guacamole podem já não causar estranheza no palato. Isso tem uma razão, é que a cidade tem visto nascer pedaços dedicados à cozinha do lado de lá do Atlântico com bastante frequência nos últimos anos. Viajámos de Norte a Sul, de costa a costa, entre México e Argentina, Chile e Brasil, provámos o que de melhor se trouxe ao prato e resumimos-lhe, em lista, o resultado final dos nossos achados. Mesmo que o tango não seja a sua especialidade, que o samba não lhe acerte o passo, ou que o sombrero não sirva as medidas, nada tema. Os melhores restaurantes latino-americanos em Lisboa estão de portas abertas e de mesa posta para que possa embarcar de estômago cheio nesta viagem. E claro, não esqueça os brindes de mezcal, caipirinha ou pisco sour em mão.

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Os melhores restaurantes latino-americanos em Lisboa

  • Cais do Sodré

O Segundo Muelle faz parte de uma cadeia de restaurantes criada por Daniel Manrique, que começou por cozinhar o que pescava e hoje acumula quase duas dezenas de restaurantes entre o Peru, Panamá, Equador, Costa Rica, Canárias e Portugal. Se rumar a este pedaço do Perú, não perca de vista o tiradito de salmón (14€), o risoto de espargos e pescado (21€) ou o linguini a la huancaína con lomo (19€) ou o naco de lombo e camarões grelhados com linguini.

  • Peruano
  • Cais do Sodré
  • preço 3 de 4

A Cantina Peruana de José Avillez com Diego Muñoz, o primeiro projecto étnico a dois do chef português, abriu em 2017 no primeiro piso do Bairro do Avillez, em pleno Chiado. Correu tão bem que em 2018 ganhou um espaço próprio, no Cais do Sodré, para ter mais identidade e abrir aos almoços. O espaço é amplo e mantém a mistura de tons quentes com azul. Logo à entrada está o Pisco Bar, para dar a possibilidade de entrar e beber só um cocktail, sem se sentar para jantar, e a carta mantém a divisão em pratos crudos, brasas, frituras, woks e dulces.

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  • Peruano
  • Belém

O Vela Latina levou um extreme makeover e o Nikkei, com uma cozinha influenciada pela comunidade de imigrantes japoneses no Peru, faz parte da nova vida. Serve ceviches, tiraditos de peixe branco, salmão ou vieira, causitas de salmão, polvo, caranguejo ou atum e outros pratos quentes à carta. Outros das referências é a comida de rua peruana, onde se destacam os ribs. Nenhuma refeição fica completa sem um prato de churros caseiros, com gelado de baunilha e duas tacinhas com doce de leite e chocolate negro para os mergulhar.

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Dois amigos foram à Argentina e voltaram apaixonados pelas empanadas que lá se fazem. Juntaram ideias e abriram um primeiro espaço em Santos, em 2015. Entretanto o negócio cresceu e mudaram-se para perto da Avenida da Liberdade onde servem as empanadas clássicas com cebola e mozzarella, espinafres ou carne; Papa Francisco (1,80€), com tomate cherry e mozzarela, Che Guevara (1,85€), com cogumelos, alho francês e farinheira, ou Carlos Gardel (2€), com camarão,milho, alho, malagueta e mozzarela são algumas das estrelas da casa.

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  • Mexicano
  • Estrela/Lapa/Santos
  • preço 2 de 4

Se quisesse viver o México ao máximo e levar um sombrero para este restaurante, provavelmente não se poderia sentar com ele – nada contra, mas o Izcalli, uma antojeria típica mexicana em Alcântara, que serve pequenos pratos desta cozinha, é um restaurante pequenino, com sete lugares ao balcão e dois na esplanada. O menu é muito simples e aqui é feito tudo de raíz por Ivo Tavares, o chef.

  • Mexicano
  • Cais do Sodré

Na Crack Kids Lisboa, a antiga Montana que surgiu de cara lavada, não só mudou a arte como mudou quem serve à mesa: o Pistola y Corazón abriu aqui um irmão mais novo, a Taco Shop #1. A taqueria resume-se a dois balcões – um para a comida, outro para as bebidas – onde poucas são as mãos a medir. Os tacos são a prata da casa neste filme mexicano e vêm sempre em dose tripla. Há os de camarones a la diabla (10€) com camarões salteados e chile Arból e alho, servidos com pickles de cebola roxa ou os de carnitas bañadas (9,50€) com carnitas de porco, queijo derretido, e banhados com salsa verde e guacamole – ambos servidos no Pistola mas com receitas diferentes.

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  • Mexicano
  • Grande Lisboa

Foi em 2017 que Pedro Leitão começou um projecto de chef ao domicílio, inteiramente dedicado à comida mexicana – o nome, em calão, poderia traduzir-se por “o taco fixe”. Nos tacos, as estrelas deste Taco Chingón, há 11 variedades: prove o camarón al fisher’s, com miolo de camarão em molho de chipotle e queijo derretido, servido com guacamole, abacate e feijão preto (três unidades, 10€) ou o gringa, com carne al pastor com queijo derretido, cebola e coentros e uma apresentação a fazer lembrar as quesadillas tradicionais (três unidades, 8,50€).   

  • Mexicano
  • Cais do Sodré

chef Akis Konstantinidis, grego radicado em Portugal, fez a consultoria da carta, que vai muito além do básico tex-mex. Tem um fresco guacamole com totopos para entrada, nachos com carne (picantes), ceviches, tacos, quesadillas. Vale a pena provar o chili com carne (13,50€) ou a carrillada de cerdo com salsa de chipotle, umas bochechas de porco estufadas lentamente em molho de chipotle e servidas com puré de feijão preto e arroz (14,50€). Há cheesecake de horchata ou pudim de maracujá com tequilla para sobremesa e uma longa lista de mezcais.

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  • Mexicano
  • Cais do Sodré

Na primeira taqueria de Lisboa não se deve fazer cerimónias: os tacos de bistec con chile, tinga de pollo, camarón ou carnitas devem ser comidos à mão –, partilhados entre brindes com margueritas (as melhores de Lisboa) e grandes tragos de água, para acalmar o picante em línguas mais sensíveis. Comida de rua do México em pleno Cais do Sodré.

  • Chiado/Cais do Sodré

Há clandestinos mais clandestinos na cidade, mas nenhum tem a pinta do El Clandestino com desenhos de Frida Khalo, caveiras e santas, fotografias étnicas e uma instalação gigante que recria a favela do Vidigal. O menu tem sotaque latino, com totopos, guacamole, tacos, ceviches e quesadillas. Tudo para ser regado com pisco sour, margarita, mojito ou – na loucura – shots de tequila. Às terças há #tacotuesday com descontos.

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  • Mexicano
  • São Sebastião
  • preço 2 de 4

A Barra Cascabel é o espaço mais animado de todo o food court no sétimo piso do El Corte Inglès – a meio do serviço há cantoria com megafones, muitas palmas e interacção com os clientes, fazendo jus à afamada animação mexicana. O restaurante é uma parceria entre o mexicano Roberto Ruiz (o chef que tem uma estrela Michelin no Punto Mx, em Madrid) e o grupo Avillez e serve comida mexicana autêntica, do cocktail de camarão acompanhado com totopos de milho e maionese de jalapenõ às tostadas de bonito. Se a boca ficar a arder, peça um dos cocktails com mezcal.

  • Mexicano
  • Cascais
  • preço 2 de 4

Há botanas para partilhar, dois ceviches, tostadas (e aqui é preciso desde já aceitar que se vai sujar as mãos – e vai ser bom) – são tortilhas crocantes, fritas, com tudo no topo: tanto podem ser de atum fresco (7,50€) como de frango desfiado (6,50€). Por fim, os clássicos tacos, servidos em doses de dois e com livro de instruções na mesa a indicar como os deve comer. São todos feitos com tortilhas de milho azul (não estranhe a cor). Atenção às malaguetas e bota abaixo com uma margarita de manga (4,50€).

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  • Santa Maria Maior

O restaurante na Rua dos Bacalhoeiros foi o primeiro a especializar-se em gastronomia peruana na cidade, corria o ano de 2012. O ceviche é feito sempre no momento do pedido e sempre com garoupa: existe na versão clássica, misto, com camarões, polvo e lulas, frito, com molho de ají lima ou com ají amarillo. Há tiraditos de garoupa, de atum com maracujá, em versão nikkei ou de polvo com um molho de azeitona; três tipos de causas recheadas. Mas a carta permite conhecer ainda outros pratos principais característicos do Peru, como o chifita, um frago panado com panco e arroz chaufa, de influência japonesa. Há ainda tacu tacu, uns pastéis de feijão e arroz, crocantes, que acompanham com marisco ou carne em cubos. As sobremesas também merecem referência, até porque há muitas, da bomba suspiro de limeña, um creme de leite com ovos e vinho do Porto e duas consistências, o bombom de Aguaymanto (physalis banhado em ganache de chocolate).

  • Global
  • Princípe Real

Não se deixe enganar pelo ambiente requintado e iluminado: a decoração não é garrida e caótica como imaginamos toda a América do Sul, mas na Cevicheria do chef Kiko tudo é peruano, do milho frito que antecede o jantar, ao leite de tigre que serve de base aos vários ceviches (uma mistura de sumo de lima com caldo de peixe e aipo), das causas ao dulce de leche e piña colada, para a despedida. Acompanhe com o cocktail de assinatura da casa: o pisco sour.

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  • Brasileiro
  • Oeiras
  • preço 2 de 4

Desde 2017 que Saulo Cardoso e o sócio, Artur Silva, trazem à mesa parte da cultura Gaúcha e aqui, como seria de esperar, a pratada é à volta da carne, com diferentes cortes que prometem a felicidade a qualquer carnívoro. Nos rodízios há duas variedades: o Mini (13,95€), com direito a maminha, alcatra, salsicha, perna de frango, medalhões de frango com bacon, javali, presunto e corações de galinha. Ou o Tradicional (17,95€), com picanha, costela gaúcha, cupim, javali, corações de galinha, rib eye, maminha, alcatra, salsicha e medalhões de frango com bacon, tudo em modo buffet. Em alternativa, pode ainda optar pelo menu de rodízio de picanha (20€). Acompanhe tudo com cocktails ou com uma das referências vinícolas da casa, que se estendem do Douro ao Alentejo, passando por Lisboa.

  • Lumiar

O nome convida ao eterno retorno a este restaurante argentino. Basta provar, por exemplo, o ‘Chorizo’ Artesanal (8,50€), um dos clássicos de entrada, para querer saber mais sobre a comida argentina e ter vontade de dançar o tango. Avance depois sem medo para um Ancho Black Angus de 250g (23€) ou para um xerém y conchas (18,50€).

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  • Argentino
  • Chiado

O restaurante da Calçada do Duque com vista para o Castelo de São Jorge é famoso pelos bifes argentinos e pela massa fresca artesanal, mas nos últimos anos tem mostrado como trabalhar bem a sazonalidade dos produtos e ir fazendo rodar a carta. Nas entradas há pratos bem trabalhados como o ceviche de peixe branco (9€), a saladinha de flores (9,50€) ou os tão portugueses peixinhos da horta (6,50€). Para beber, aqui há os chás da Companhia Portugueza do Chá, de Sebastián Filgueiras, um dos responsáveis pela abertura do Buenos Aires há 15 anos.

  • Princípe Real

Há mais de 30 anos que a Comida de Santo oferece aos lisboetas os melhores sabores baianos. Casquinha de siri, bobó de camarão (evite a piada marota, já muito batida nesta casa), vatapá, picadinho à mineira e xim xim de galinha estão entre as especialidades, mas a feijoada continua a ser a alquimia mais requisitada. Se sobrar espaço, há quindim e baba de moça.

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  • Marvila

Chakall abriu em Marvila um restaurante do tamanho da Argentina. Ok, é ligeiramente mais pequeno, com 1300 metros quadrados, mas tem espaço para o chef dar asas à imaginação. De uma cozinha saem ceviches e nacos de carne para o restaurante, da outra repastos para o catering, mais um negócio da casa. À entrada, há ainda uma loja com produtos argentinos.

Mais restaurantes em Lisboa

  • Indiano

Uma das primeiras referências dos portugueses no que respeita à cozinha étnica foram os restaurantes indianos. E não há como os contornar. Nos restaurantes desta lista não faltam chamuças, caris ou pães naan quentinhos. Não tenha medo e prepare as papilas gustativas para ver se aguentam esta viagem pelos melhores restaurantes indianos em Lisboa.

  • Chinês

Os Golden Visa não melhoraram só o panorama do imobiliário da cidade. Depois de um período de crise, a cidade tem hoje dos melhores restaurantes chineses da Europa. A procura de comida chinesa autêntica e regional aumentou a olhos vistos e já não é tudo acompanhado com arroz chau chau, com rebentos de soja lá pelo meio e com a banana fá si de sobremesa. Estes são os melhores restaurantes chineses em Lisboa.

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  • Italiano

Desengane-se quem pensa que Itália é só sinónimo de pizza. Pastas, risotos, polentas, ossobucos, lasanhas, tudo tem espaço nas cartas, sem esquecer as burratas, focaccias e os preceitos associados. A massa de fermentação lenta, pasta fresca, ou sobremesas como tiramisù e pannacotta. Nos últimos anos há cada vez mais – e melhores – espaços que nos trazem o melhor da cozinha do país e nós agradecemos. São os melhores restaurantes italianos em Lisboa.

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