A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Arco da Rua Augusta
©ATL

Os sítios para visitar em Lisboa que não pode perder

Há paragens obrigatórias na cidade que não pode ignorar, seja para ser turista na própria cidade ou numa escapadinha

Escrito por
Francisca Dias Real
Publicidade

Não se acanhe em admitir que vive em Lisboa, mas que, no fundo, não vive a cidade em todo o seu esplendor. Nestas situações o melhor é recorrer a este guia de emergência para ser turista na própria cidade sem pudor e livre de julgamentos. Não lhe falamos aqui de engodos turísticos, não, isto é um guia sério de paragens obrigatórias para explorar Lisboa, quase como se fosse um nível de um jogo – este é o nível um, depois é ir escalando. Os melhores restaurantes da cidade, os museus mais fotogénicos (e igualmente interessantes), os sítios mais alternativos para beber um copo ou para fazer compras e, claro, não falhe o Pastel de Belém. 

Recomendado: Saiba o que fazer em Lisboa num dia

Sítios para visitar em Lisboa

Time Out Market Lisboa
  • Restaurantes
  • Cais do Sodré

É um mercado do século XIX que começou por se chamar Mercado da Ribeira Nova e o povo, espantado por ver uma cúpula num mercado hortícola, chamava-lhe Mesquita do Nabo. As bancas com produtos frescos continuam a funcionar numa das alas, mas desde 2014 que este espaço se tornou o espelho da revista Time Out Lisboa, aqui representada em três dimensões. O Time Out Market Lisboa tem uma selecção dos melhores restaurantes da cidade, bares,  espaços comerciais e uma sala de espectáculos. E ainda tem uma agenda recheada de workshops na Academia Time Out.

  • Museus
  • São Sebastião

Tem um acervo de aproximadamente seis mil peças, mas pouco mais de mil estão expostas ao público em permanência. O Museu Calouste Gulbenkian, cujas portas abriram em 1969, é um espaço museulógico da fundação com o mesmo nome e é formado por dois circuitos independentes: um dedicado à Arte Oriental e Clássica e outro dedicado à Arte Europeia. Há também exposições temporárias com peças que chegam de todo o mundo. Isto para não falarmos dos seus jardins, onde se juntam molhos de gente que gostam de fazer a fotossíntese deitados na relva ou sentados na esplanada – faça só o favor de não alimentar os patos. 

Publicidade
  • Compras
  • Livrarias
  • Lisboa

Abriu o ano passado o
 novo poiso da Kingpin Books: a maior loja de banda desenhada do
 país. Aqui o foco está nos comics, mas também há mangá e novelas gráficas. 
E Funko Pops, os bonecos macrocéfalos com ícones televisão, cinema e videojogos, posters, roupa e merchandising de super-heróis. Tudo o que um adulto precisa para irritar os amigos que a partir de uma certa idade decidiram que a única cultura era a alta cultura.

  • Atracções
  • Alcântara

Mercados, exposições, lojas, cafés, concertos, festas. Há todo um mundo para descobrir nesta "fábrica" cosmopolita que alterou por completo a paisagem de Alcântara a partir de 2008, quando este complexo saído de 1846 reabriu portas. Aqui pode cortar o cabelo, procurar pranchas de surf ou até dormir, e a isto junte uma dose generosa de brigadeiros da Brigadeirando, uma fatia da Landeau ou um bruch na Wish.

Publicidade
  • Bares
  • Cervejaria artesanal
  • Marvila

A Musa, cervejeira artesanal, abriu o seu pousio ao público em Agosto de 2017. É em Marvila e junta bar e fábrica, consumo e produção e ainda um programação musical regular para acompanhar com os copos neste fresquíssimo bar/barracão, com direito a andar de cima e tudo, com vista para os silos onde a cerveja se faz. São mais de uma dezena de bocas de cerveja artesanal a sair directinha da fonte. Tudo em bom. E agora também pode visitar a segunda casa da Musa no bairro da Bica.

  • Museus
  • Belém

Um projecto da Fundação EDP, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia já está mais do que consagrado nas iniciais MAAT. As suas formas arquitectónicas marcaram o ano de 2016 na cidade, justificando frutíferas romarias à zona de Belém. A estrutura assinada pela britânica Amanda Levete e o por-do-sol em fundo ficam mesmo a matar numa foto para partilhar nas redes. Claro que a visita não deve terminar aqui, recomendando-se que consulte as exposições programadas na agenda. 

Publicidade
  • Noite
  • São Vicente 

É uma referência da noite lisboeta, não há como contornar. E ver o nascer do sol da varanda do Lux é um passatempo obrigatório de qualquer lisboeta ou visitante. Em 2014, o britânico The Guardian distinguiu-o como uma das melhores 25 discotecas da Europa, uma coisa que já estávamos fartos de saber. Esta é a discoteca mais famosa da cidade — e do país, para dizer a verdade. 

  • Atracções
  • Atracções turísticas

Não é exagero se dissermos que Lisboa é uma das cidades europeias com mais miradouros. Todos com vistas espectaculares sobre os telhados da cidade, os monumentos mais imponentes, o Tejo, a Ponte 25 de Abril ou a outra margem. O turismo pode ter invadido o centro mas ainda há pérolas intocadas quando o assunto se resume a pontos com vistas previligiadas. E sem ter de pagar por isso. Então só tem de escolher um dos melhores miradouros em Lisboa.

Publicidade
  • Atracções
  • Baixa Pombalina

A construção deste arco triunfal foi programada em 1759, no quadro da reconstrução pombalina que se seguiu ao terramoto de 1755. O Arco da Rua Augusta só ficou concluído, na sua disposição actual, em 1873 e celebra a então grandiosidade do Império Português. Desde 2013 que é possível entrar num elevador para subir ao topo do arco e pelo meio ainda passa por uma exposição sobre a história do monumento. O melhor de tudo: a vista inacreditável para o Chiado e para o rio, perfeito para ir parar às redes.

  • Atracções
  • Belém

Mandado erigir pelo rei D. Manuel I em memória do Infante D. Henrique é Monumento Nacional desde 1907 e Património Cultural da Humanidade desde 1983. Edificado no século XVI, foi na altura doado aos monges da Ordem de S. Jerónimo, em 2016 ganhou o estatuto de panteão nacional. Na igreja do mosteiro (Igreja de Santa Maria de Belém) encontram-se, entre outros, os túmulos de Luís de Camões, Vasco da Gama e do rei D. Sebastião, cujos restos mortais foram trazidos por D. Filipe I numa tentativa de aniquilar o mito sebastianista. Mas são poucos os que acreditam que se trata efectivamente do corpo do rei desejado. Mas histórias à parte, vai ter de contar com filas longas.

Publicidade
  • Atracções
  • Alcântara

Localização: Pilar 7. A ponte inaugurada em 1966 tem 14 pilares, mas o pilar que interessa agora fica na Avenida da Índia, nas traseiras do Village Underground. Agora que já ninguém se perde, um dos aspectos mais essenciais: esta é uma atracção turística de Lisboa que vai levar os visitantes ao interior deste pilar para uma experiência sensorial.

  • Atracções
  • Alcântara

O Village Underground instalou-se em Lisboa, cheio de contentores coloridos de artistas urbanos e projectos culturais para a cidade. As festas repetem-se aos fins-de-semana, muitas vezes para toda a família (há muito espaço para os miúdos correrem) e ainda tem uma cafetaria de apoio, o Buzz Lisboeta. Há brunch ao fim-de-semana, agora com o pão da Gleba de Diogo Amorim, e todos os dias há um prato diferente. E não se esqueça, o Village já tem entrada própria pela Avenida da Índia, escusa de entrar pelo Museu da Carris. 

Publicidade
  • Coisas para fazer
  • Parque das Nações

Suba às alturas e sem medos. Não deixe de fazer o seu postal das alturas. Sente-se e aproveite a vista, porque a deslocação em teleférico, cerca de 30 metros acima do solo e do rio, vale a pena. É uma das heranças de 1998 e não deve ficar exclusivamente nas mãos e olhos dos turistas.

  • Compras
  • Chiado

Claro que pode encontrar uma loja da cadeia livreira em vários centros comerciais, mas nada há mais épico que entrar na do Chiado, naquela que é a livraria mais antiga do mundo (de acordo com o livro de recordes do Guinness), fundada em 1732. Além da literatura local, oferece uma selecção razoável de romances ingleses, bem como guias e revistas estrangeiras. Há uns anos, a livraria ganhou uma sala-café com petiscos dos autores que estão nas prateleiras e vinhos nacionais.

Publicidade
  • Compras
  • Belém

Já existia uma ou outra loja, já se encontrava uma ou outra coisa dedicada ao universo de Tintin, mas uma loja oficial com o selo da Moulinsart (sociedade belga que gere o legado de Hergé) foi uma novidade absoluta em Portugal. Esta encontra-se em Belém, ali mesmo ao lado do Museu dos Coches, e tem de tudo – e aos mais variados preços. Há peças de colecção, como o cobiçado foguetão que levou Tintin à lua, ou uma série de figuras em resina inspiradas na exposição "Le Musée Imaginaire de Tintin", que aconteceu em 1979. Mas depois há uma variedade de produtos a preços mais acessíveis, como postais, baralhos de cartas, porta-chaves, canecas, t-shirts, sacos e ainda nem falámos dos livros da colecção que existem em português e noutras tantas línguas.

Os 149 melhores restaurantes em Lisboa
  • Restaurantes

O que lhe podemos garantir é que todos os 149 restaurantes que encontra nesta lista foram visitados pela nossa equipa de críticos pelo menos uma vez e que resulta de uma escolha, subjectiva como se espera, mas criteriosa como se exige. Como de costume, a coisa valeu discussões e zangas. Mas lá chegámos a um consenso e estes são os restaurantes em Lisboa que tem mesmo de conhecer. Vai precisar de tempo e paciência para escolher: há para todos os gostos e carteiras. 

Publicidade
  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos
  • Chiado

Não é o local mais óbvio para ser visitado, e até pode acabar a ir só de passagem. No centro, o chafariz, cuja construção teve início em 1769, com as obras do Largo a derivarem da urbanização pombalina. Em seu redor, uma série de motivos de interesse que percorrem diferentes eras. No Carmo resistem as ruínas do Convento do Carmo, construído no século XIV, onde se encontra actualmente instalado o Museu Arqueológico do Carmo. Destaque ainda para o Quartel onde Marcello Caetano se refugiou da Revolução dos Cravos – ajuda a perceber melhor a história da nossa Revolução de 1974. 

  • Atracções
  • Torres e miradouros
  • Benfica/Monsanto

Este miradouro de Lisboa tem quase meio século. Foi restaurante de luxo, bingo, discoteca, edifício de escritórios e armazém. Agora, este ovni desenhado pelo arquitecto Chaves da Costa tem uma nova vida – uma vida bem mais pacata: faz de miradouro, aquela que
 foi sempre a sua vocação secundária. A vista de 360º para toda a cidade e a localização privilegiada, no Alto da Serafina, fazem deste prédio devoluto o melhor sítio para ver as vistas em Monsanto. Para quê mentir? É a melhor vista de toda a cidade. Abandonado desde 2001, o Panorâmico recebia apenas a visita esporádica de exploradores urbanos, turistas, curiosos ou pessoas munidas com latas de tinta para fazer aquilo que as pessoas munidas com latas de tinta fazem. Ainda assim, pode ser visitado legalmente e em segurança: a Câmara Municipal de Lisboa retirou o entulho e colocou protecções.

Publicidade
  • Compras
  • Princípe Real

Uma concept store, ou galeria comercial, instalada no Palacete Ribeiro da Cunha, construção neo-árabe do século XIX. Em pleno Príncipe Real, salas e mais salas albergam design, moda, e exposições temporárias. Quais centros comerciais. Espreite também os restaurantes e o jardim – nem parece que está no centro de Lisboa. 

  • Coisas para fazer

Não há como fugir dos famosos azulejos que pitam a cidade de fio a pavio. Os azulejos fazem parte da identidade gráfica da cidade e lá vão contando histórias do passado de Lisboa. Os primeiros azulejos hispano-mouriscos foram importados de Sevilha por volta de 1503, mas o seu uso foi democratizado após o grande terramoto de 1755, quando muitos aproveitaram azulejos dos escombros para decorarem as suas casas, longe de serem palácios. Não demoraram muito tempo a ser produzidos em Lisboa e são hoje (e desde há muito tempo, na verdade) um dos cartões de apresentação da cidade. Os criativos da cidade vão trazendo esta arte para o século XXI, e assim, em Lisboa, podemos saltitar entre quadradinhos de outros tempos e contemporâneos.

Publicidade
  • Restaurantes
  • Pastelarias
  • Belém

Se não houver fila à porta, é possível que esteja a cair o Carmo e o Trindade. A pastelaria é ponto de paragem mais do que obrigatório para turistas (e não só) mas as bonitas salas interiores, cobertas de azulejos azuis e brancos, tendem a estar cheias também de lisboetas. Há motivo para o histerismo e adoração, mas a história destes pastéis de Belém é antiga. O seu fabrico começou em 1834, quando o Mosteiro dos Jerónimos pôs à venda uns pastéis doces. Tiveram sucesso e três anos depois começou o fabrico dos Pastéis de Belém como são hoje conhecidos – a receita secreta mantém-se inalterada.   

  • Arte
  • Arte urbana

Vhils, Bordalo II, Aka Corleone, ±MaisMenos±, Tamara Alves ou Mário Belém são alguns dos nomes mais sonantes neste roteiro de arte urbana em Lisboa. A eles juntam-se artistas de todo o mundo, que escolhem Lisboa para servir de tela aos mais variados estilos e mensagens. Se por um lado Lisboa está em guerra com taggers com pouco talento para a coisa – e que fazem questão de espalhar assinaturas por tudo quanto é sítio –, por outro a cidade é cada vez mais um museu a céu aberto de belíssimas obras de arte urbana.

Mais passeios em Lisboa

  • Coisas para fazer

Para lá de Alcântara e para cá de Algés está uma área da cidade maioritariamente conquistada por turistas atraídos pela magnitude do Mosteiro dos Jerónimos ou pela cremosidade dos Pastéis de Belém. É um verdadeiro epicentro cultural, uma espécie de cidade dos museus pronta a ser explorada. 

  • Atracções
  • Parques e jardins

Em Lisboa há parques para todos os gostos e nós escolhemos os melhores para brincar com os miúdos, ler um livro ou fazer um piquenique, independentemente da altura do ano. Afinal todos os dias são bons para uma pausa num destes parques e jardins de Lisboa. Do jardim da Estrela ao pulmão verde de Lisboa – falamos do Monsanto, pois claro –, espaços verdes não faltam na cidade. 

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade