Brilhante
Mariana Valle Lima
Mariana Valle Lima

Os restaurantes mais bonitos em Lisboa

Estamos preparados: vai haver quem discorde. Mas não temos grandes dúvidas que estes são os restaurantes mais bonitos em Lisboa.

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É certo que a adjectivação não será consensual – quando é que é? –, mas arriscamos, ainda assim, a apontar alguns dos restaurantes mais bonitos em Lisboa. Mais discretos e harmoniosos, mais vistosos e pomposos, clássicos ou contemporâneos, não faltam lugares capazes de nos deixar de boca aberta. São cada vez mais, até. Um restaurante vale pela sua comida e o seu serviço, mas o ambiente consegue ser também um factor determinante na hora de escolher ou recomendar um restaurante a alguém. Foi o que aqui tentamos fazer, sabendo que há mais restaurantes bonitos em Lisboa por apontar.

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Os restaurantes mais bonitos em Lisboa

  • Asiático contemporâneo
  • Avenida da Liberdade

O dinossauro do JNcQUOI deu lugar ao dragão, a decoração respira motivos asiáticos, profundamente embebidos na presença portuguesa pelo Oriente. A cozinha, aberta, faz chegar sabores de todo o continente – e até as casas de banho são dignas de nota. O projecto é assinado por Lázaro Rosa Violán, o nome responsável pela primeira aventura do grupo, o JNcQUOI Avenida, e destaca-se pelos interiores sofisticados e ambientes casuais. Não deixe de espreitar a esplanada. 

  • Português
  • Chiado

Depois de várias mudanças ao longo dos anos, o verdadeiro extreme makeover deu-se em Maio de 2019: o Belcanto cresceu e mudou-se para a porta ao lado, para o espaço onde chegou a morar o restaurante Largo. No total, passou a ter mais 12 lugares, uma sala privada e uma mesa do chef com capacidade para mais pessoas. O projecto de remodelação ficou a cargo do Studio Astolfi, e privilegia os tons neutros e a simplicidade. É bonito e imponente, sem ser demasiado.

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  • Chiado

Um restaurante num palácio é coisa que não se encontra em todo o lado e só isso já faz valer uma visita ao Palácio Chiado. No piso de cima, depois de uma escadaria imponente, fica o restaurante, com uma carta de Manuel Bóia (ex-Bica do Sapato), que vai mudando conforme a estação. O tecto é, seguramente, dos mais bonitos da cidade. Em baixo, fica o Salla, o bar onde tanto se pode beber um copo como, dependendo da noite, dar um passo de dança.

  • Português
  • Castelo de São Jorge

Um pé direito alto pode ser uma gigante dor de cabeça para decorar um espaço. Ou exactamente o oposto. No Prado, souberam aproveitá-lo muito bem. Do tecto da antiga fábrica de enlatados caem vários candeeiros com fios longos e abajours bonitos, intercalados pelas vigas de ferro que, aos poucos, estão a ser tapadas por várias plantas e ervas – verde é o que mais se vê em toda a sala. Ao fundo, onde o tecto é mais baixo, fica a garrafeira, em tons mais escuros, um bom contraste com as mesas de madeira clarinha.

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  • Alfama

No restaurante de fine dining onde Marlene Vieira se mostra por inteiro e onde espera poder vir a conquistar uma estrela Michelin, tudo é sóbrio, aparentemente simples e bonito. Tons escuros, meia luz, a cozinha no centro, rodeada de um balcão. De fora, pouco se vê, no interior está tudo à vista numa harmonia plena.

  • Português
  • Chiado/Cais do Sodré
Pharmácia
Pharmácia

Susana Felicidade recuperou o vintage na primeira Taberna Ideal – e de certa forma lançou a moda para os muitos que vieram a seguir – mas aquilo que fez no Pharmacia foi ligeiramente diferente. Recriou a 100% o ambiente de uma farmácia antiga, instalou armários brancos a contrastar com as madeiras escuras e antigas da sala e com o papel de parede verde água, e encheu-os de falsas embalagens de remédios.

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  • Estrela/Lapa/Santos

Quando abriu o LOCO, Alexandre Silva pretendia servir, além de uma refeição, uma experiência. Os seus pratos são disruptivos, tal como o fine dining que apresenta, a cozinha virada para a sala é o centro de toda a acção. O projecto de arquitectura foi assinado por João Tiago Aguiar, conta com uma oliveira suspensa do tecto por cabos de aço impressiona –, uma garrafeira moderna à entrada e, ao fundo uma parede de azulejos tridimensionais assinada pela artista plástica Mariana Vasco Costa.

  • Chiado

Ainda na rua, ali ao lado do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, chama à atenção a fachada do hotel e os grandes janelões que deixam transparecer um ambiente que tem tanto de boémio como de requintado. Abrem-se as portas e tudo parece chamar pela nossa atenção. Ao centro, um majestoso balcão com 17 lugares, onde se evidenciam veludos, cores fortes e motivos florais. Ao lado, fica o Crudo, um recanto onde o marisco é acompanhado por champagne, espumante ou prosecco. E em baixo a sala principal, de ambiente acolhedor em tons de madeira, com vista para a bonita Terraza, que tem tantos lugares como no interior. Por esta altura, já não é segredo, mas a casa de banho é das mais bonitas de Lisboa.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Aqui cabem cerca de 100 pessoas, o que ninguém diria à primeira vista. É que depois de passar um pátio com algumas mesas, e um espaço que se assemelha a uma mercearia, com uma vitrine e uma balança das antigas, está um armário com um espelho que esconde uma passagem para um mundo novo, relembrando-nos o universo de Nárnia. Há uma sala ampla que se revela, mas há mais segredos: se descermos uns degraus, ao lado de uma parede embelezada com molduras que juntam retratos religiosos e insólitos, damos de caras com um gabinete de curiosidades onde é possível sentar para um copo. Há ainda duas salas mais privadas, decoradas ao estilo de Wes Anderson

  • Hotéis
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Não passa despercebido, nem mesmo do lado de fora. Basta espreitar pelas janelas em vidro para perceber que é animado, arrojado, movimentado. Entrando, tudo ganha dimensão. É impossível fugir a toda a extravagância boémia do piso térreo, onde fica o restaurante e o bar. A decoração, disruptiva, é o que mais contribui para essa faceta. Os desenhos no chão de alcatifa, nas mesas, no tecto e nos sofás são um feliz desencontro a inundar o espaço de identidade. Há apontamentos da cultura portuguesa a ornamentar a sala de jantar, como peixes desenhados no tecto, capitéis com criaturas marítimas em cerâmica da Bordallo Pinheiro e azulejos da Viúva Lamego. 

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  • Grande Lisboa

Pode um balcão ser uma peça de arte? Pode, quando é assinado pelos Pedrita, também responsáveis pelo painel na parede. Mas voltemos ao balcão, a peça central deste restaurante. É verdade que já lá estava, da sua outra vida, enquanto Big Fish Poke, mas não assim, desta forma. Não há um lugar igual, nem um traço que se repita. Ora há tiradas como “No Vinho Está a Verdade!”, ora se conjuga o verbo “Corrupiar”, ora se pede “a continha”. Fazem-se contas, que se dividem pelo grupo, joga-se ao galo, deixam-se manchas de vinho e café. Há referências a Vhils, Álvaro Siza, Paula Rego ou Picasso.

  • Avenida da Liberdade

Depois de testado e aprovado em São Paulo – a revista brasileira Veja considera-o um dos melhores e mais badalados restaurantes da cidade –, o Seen instalou-se no nono piso do Tivoli, com uma vista incrível sobre a cidade. O tronco de árvore dentro do bar e as folhas a cobrir o tecto dão as boas-vindas, mas é o balcão de sushi que mais deslumbra, com a parede em frente envidraçada, desimpedindo a vista até ao rio. 

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  • Campo de Ourique

O mais difícil quando restaurantes bonitos abrem portas é, muitas vezes, provar o que valem. Ainda mais quando na carta se apresentam com clássicos da nossa gastronomia, sem nomes de peso na cozinha. É nesse campeonato que o Teimar, em Campo de Ourique, se posiciona, uma cervejaria moderna que apostou tanto na decoração como na cozinha. Tudo é passível de ser partilhado, mas mesmo assim a carta divide-se entre entradas, onde estão as amêijoas à Bulhão Pato ou as gambinhas ao alho, e principais, onde se destaca um arroz meloso de carabineiro, feito no lume e acabado no Josper. Há um bonito recanto à janela, um balcão luminoso e um pequeno terraço.

  • Português
  • Avenida da Liberdade
  • preço 3 de 4

Painéis de madeira retroiluminados separam as mesas, o tecto é em burel bordado e o pavimento em azulejo vidrado, com janelas até ao chão que abrem e fecham totalmente consoante a temperatura. Este Sítio, no hotel Valverde tem uma cozinha de autor, que aposta numa ementa contemporânea e com especial enfoque nos vegetais e nos alimentos da estação.

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  • Cascais

Cascais foi o sítio escolhido por Tiago Penão para realizar um sonho antigo: abrir um restaurante japonês onde pode brilhar em equipa ao mesmo tempo que nos ensina um pouco da sua arte. O nome escolhido é o mesmo do estilo de cozinha japonesa que numa tradução literal significa “cortar e cozinhar”, mas que vai muito para além disso, focando-se na proximidade entre chef e quem à sua frente se senta – à frente porque é à volta de um balcão onde se sentam pouco mais de dez pessoas que tudo acontece. Ao jantar é quando o restaurante, onde a madeira sobressai, fica mais bonito, com luzes baixas em tons de vermelho.

  • Chiado/Cais do Sodré

Margaux Marcy e Pierre d'Andrimont deram-nos, nos últimos anos, alguns dos projectos gastronómicos mais vibrantes na cidade. Do Café Janis ao Farès, passando pelo Javá ou o Palma Cantina, todos eles se tornaram, em menos de nada, em sítios da moda, cheios de pinta e boa onda. O Rosamar, no lugar d’O Asiático do chef Kiko, no Bairro Alto, segue o mesmo caminho. É bonito e vistoso, tem um terraço interior inesperado, e dá destaque ao peixe e aos pratos de mar. Mas não se espere da cozinha um receituário tradicional. As ostras, um dos grandes destaques na carta, são disso exemplo. No bar, logo à entrada, não se serve a carta completa, apenas ostras e pequenos snacks, que acompanham na perfeição os cocktails, outra aposta da casa.

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  • Chiado

Um ano bastou para que o restaurante 100% vegetariano de José Avillez, que tem João Diogo Formiga como chef residente, se destacasse, recebendo a primeira estrela Michelin. É pelo que se serve à mesa, obviamente, que brilha, mas o trabalho do Studio Astolfi no restaurante também não passa despercebido. Em tons pastel, com apontamentos exóticos, o Encanto é bonito e harmonioso.

  • Italiano
  • Avenidas Novas
  • preço 3 de 4

O grupo Non Basta tem uma Provincia nas Avenidas Novas, para ir ao campo sem sair da cidade. Trata-se de um antigo café transformado pela arquitecta Inês Moura, também responsável pelo projecto de interiores do Memoria, em Campo de Ourique. Este tem duas zonas, divididas por um imponente bar, mistura mármore e madeira e tem uns candeeiros vermelhos estilo cabaré a servir como ponto de cor. A juntar o mundo rural à cidade, como é toda a premissa do restaurante que até trouxe os animais da quinta para o interior da sala para fotografar a campanha de lançamento, há terrinas, livros antigos, garrafas de cristal ou azulejos desenhados à mão. 

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  • Cais do Sodré

A porta fechada, a meia-luz, os tons de madeira que se fundem com o vermelho das paredes e do veludo, o balcão imponente com 26 lugares, as mesas quase escondidas onde se sentam discretamente 30 pessoas, o bar vistoso. O Brilhante de Luís Gaspar é um clássico instantâneo, que tem tanto de brasserie francesa como de café antigo, qual ponto de encontro e espaço de tertúlia. O bife à Brilhante, inspirado no Bife à Marrare, é a estrela da carta.

  • Cascais

Em plena Avenida Valbom, dificilmente haverá alguém em Cascais que não conheça a Casa da Pérgola, uma bonita mansão centenária protegida por um jardim. Do lado de fora do portão, sempre se tiraram fotografias à fachada, que se destaca também pelos azulejos pintados à mão, mas foram raras as vezes em que se transpôs essa barreira, mesmo que ali exista um pequeno hotel com apenas 12 quartos. Até 2023. O Bougain Restaurant & Garden Bar abriu no piso inferior da Casa da Pérgola com uma esplanada que ocupa de forma discreta o jardim. A carta é de clássicos, o serviço atento. O interior, mais pequeno, é igualmente bonito.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

No Epic Sana Marquês, o Allora é uma trattoria italiana que conjuga sofisticação e descontração nas doses certas. Tanto se pode fazer uma refeição completa, como optar por um lugar no grande balcão de mármore com vista para a cozinha e pedir um copo de vinho ou vermute para acompanhar uma selecção de queijos ou charcutaria italianos. É tudo preparado no momento, com todo o cuidado que a alta-cozinha exige, mas sem as regras apertadas da mesma. 

Lisboa gastronómica

A salivar por um bom bife? E já sabe como é que o vai querer? Mal passado, médio ou médio-bem? O que não falta em Lisboa são bons nacos de carne, daqueles suculentos e tenrinhos, que até se desfazem na boca. Já tínhamos desmistificado a carne maturada e mostrado os melhores sítios para a comer, mas estava a faltar uma lista essencial dos melhores restaurantes de carne em Lisboa. Entre os mais tradicionais e os mais sofisticados, há até uma das melhores steakhouses do mundo.

Se é verdade que o marisco parece saber sempre melhor no Verão, especialmente depois de uns mergulhos no mar, também é verdade que as mariscadas nunca são demais – apesar de pesarem na carteira. Há que aproveitar o facto de sermos um país costeiro, rico em matéria-prima. E que belos exemplares têm estas mariscadas que lhe sugerimos aqui. Nesta lista de restaurantes de marisco em Lisboa e arredores, encontra verdadeiras instituições, clássicos reinventados e algumas novidades. O melhor é pedir um babete, sem vergonha, e deixar-se lambuzar.

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